Este artículo tiene como objetivo presentar un análisis teórico-discursivo sobre el funcionamiento de la palabra y su relación con el género en el que aparece, destacando la inseparabilidad de los aspectos de plasticidad y coercitividad. Según la teoría bakhtiniana, la palabra constituye un escenario donde se establece la plasticidad, pero, al mismo tiempo, se enfrenta a la coercitividad del género. También se registra que existen diferentes niveles de plasticidad que impregnan la lengua. Hay géneros más coercitivos, que imponen un funcionamiento discursivo más estable a la palabra, en los que se restringe la convivencia de distintas voces sociales. Por el contrario, existen géneros extremadamente plásticos, que otorgan mayor movilidad a la palabra, que, a su vez, imprime maleabilidad al género. Sin embargo, aunque la palabra sea esencialmente plástica, su funcionamiento siempre está condicionado por el género. Con el fin de demostrar cómo funcionan estos supuestos en la materialidad concreta del lenguaje, se presentan posibles orientaciones para el análisis sobre el funcionamiento de la palabra y su íntima relación con el género, teniendo como alcance teórico algunos de los conceptos filosóficos y lingüísticos postulados por Bakhtin y su círculo.
This article aims to present a theoretical-discursive analysis on the functioning of the word and its relationship with gender in which it appears, highlighting the inseparability of the aspects of plasticity and coercivity. According to Bakhtinian theory, the word constitutes an arena where plasticity is established, but, at the same time, it is confronted by the coerciveness of the genre. It is also registered that there are varying levels of plasticity that permeate the tongue. There are more coercive genres, which impose a more stable discursive functioning on the word, in which the coexistence of different social voices is restrained. In contrast, there are extremely plastic genres, which provide greater mobility to the word, which, in turn, prints malleability to the genre. However, even if the word is essentially plastic, its functioning is always conditioned by gender. In order to demonstrate how these assumptions work in the concrete materiality of the language, possible orientations are presented for the analysis on the functioning of the word and its intimate relationship with gender, having as theoretical scope some of the philosophical and linguistic concepts postulated by Bakhtin and his Circle.
Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise teórico-discursiva sobre o funcionamento da palavra e sua relação com gênero em que figura, ressaltando a indissociabilidade dos aspectos plasticidade e coercitividade. De acordo com a teoria bakhtiniana, a palavra constitui uma arena onde a plasticidade se instaura, mas, ao mesmo tempo, é confrontada pela coercitividade do gênero. Registra-se, ainda, que existem variados níveis de plasticidade que perpassam a língua. Há gêneros mais coercitivos, que impõem à palavra um funcionamento discursivo mais estável, em que a coexistência de diferentes vozes sociais são coibidas. Em contrapartida, existem gêneros extremamente plásticos, os quais propiciam maior mobilidade à palavra, que, por sua vez, imprime maleabilidade ao gênero. No entanto, mesmo que a palavra seja essencialmente plástica, seu funcionamento sempre é condicionado pelo gênero. Para demonstrar como esses pressupostos funcionam na materialidade concreta da língua, são apresentados possíveis orientações para a análise sobre o funcionamento da palavra e sua íntima relação com o gênero, tendo como escopo teórico alguns dos conceitos filosóficos e linguísticos postulados por Bakhtin e seu Círculo.
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