Vitor José Mangueira de Almeida, Mario Lincoln De Carlos Etchebehere, Antonio Roberto Saad, Angela Maria Rampanelli
: In Serra da Capivara National Park and adjacencies there is a wide range of archeological sites which provides diverse information about the first human settlements in America since it holds many characteristics from their existence in different ecosystems of the region. There are more than 1,000 registered sites (not definitive) in the park, about 657 of them have cave paintings; the others are villages, cemeteries and settlements. The cave paintings picture routine activities such as hunting, giving birth, sex, social struggle, games, relationships and rituals. These paintings have multiple functions which reveal that, in that territory, the first settlers’ daily life was very dynamic and can also provide evidence that there was history, education, socialization, communication and religiousness in Brazilian history ancient times. It is possible to identify in the paintings – from the various rock zoomorphic representations and their likely interpretations – species absent today in the region and others completely extinct; some are so well done that it is possible to identify the gender of the printed animal through antlers and other species gender determinant characteristics. It is common to see paintings of crabs, lizards, siriemas, armadillos, pacas, cats, crocodiles, coatis, camelids, tailed deer and capybaras – these last ones disappeared from the region due to the current extreme aridity, what leads to the hypothesis that it was a more humid area in a not very distant past.
Another specie often potrayed in the paintings is the emu Rhea Americana, extinguished from the area not long ago. Based on the identification and a deep study of the fauna pictured in the cave paintings of the Serra do Capivara National Park as well as on the information gathered from the literature, the aim is to rebuild the probable environmental conditions from the period when the paintings were made, thus becoming a reliable paleoenvironmental reference.
No Parque Nacional Serra da Capivara P.N.S.C. e adjacências existe uma concentração muito grande de sítios arqueológicos que fornecem informações diversificadas sobre as primeiras ocupações humanas na América, pois retratam muitas características de sua existência nos diferentes ecossistemas da região. São encontrados no parque mais de 1.000 sítios cadastrados (não definitivos), dos quais, cerca de 657 apresentam pinturas rupestres; os demais sítios são aldeias, cemitérios e acampamentos. As pinturas rupestres apresentam cenas do cotidiano como caça, sexo, parto, brincadeiras, lutas sociais, namoro e ritos. Tais pinturas possuem variadas funções, que revelam que a vida diária dos primeiros ocupantes do território era muito dinâmica, podendo fornecer indicativos de que houve história, educação, socialização, comunicação e religiosidade em tempos pretéritos da história do Brasil. É possível reconhecer nas pinturas a partir das variadas representações rupestres zoomorfas e suas prováveis interpretações espécies inexistentes hoje na região e outras totalmente extintas; algumas são tão bem elaboradas, que é possível reconhecer o sexo do animal gravado, por meio da presença de galhadas e outras características determinantes de gênero nas espécies. São comuns reproduções de caranguejos, lagartos, siriemas, tatus, pacas, felinos, jacarés, coatis, camelídeos, veados galheiros e capivaras - estes últimos desaparecidos da região, no presente extremamente árida para abrigá-los, cuja presença permitiu levantar a hipótese da existência de um clima mais úmido em um passado não muito remoto. Outra espécie frequentemente reproduzida nas pinturas é a ema Rhea americana, exterminada na região há não muito tempo. A partir da identificação e do estudo aprofundado da fauna representada nas pinturas rupestres do Parque Nacional Serra da Capivara, e das informações auferidas na literatura, busca-se reconstruir as prováveis condições ambientais do período em que elas foram feitas, tornando-se, assim, um confiável indicador paleoambiental.
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