Published in 1981, Charles Bertin’s novel Les Jardins du désert shows that it follows theguidelines of the twentieth-century Utopian narratives, vehemently and obstinatelymarked by the dialectics between utopia and counter-utopia. Throughout the work,we will notice the uniqueness with which the author builds his narrative as a utopia, adystopia and a uchronia; at the same time, he resorts to the principles and guidelines of the postmodern novel, of autobiographical register, with implications at the levelof genres, such as the diary register, memorialism, travelogue or contemplative andpoetic digression. In the complexity of his choices, we will observe how a unique workof introspective and profoundly human nature emerges from its composite structure,which is surprising for its extraordinary timelessness. At the same time, it establishessome intertextual links with authors like Jules Verne and Jean-Marie Gustave Le Clézio.
Publicado em 1981, o romance Les Jardins du désert, de Charles Bertin, revela seguiras linhas orientadoras das narrativas utópicas do século XX, marcadas de forma veemente e obstinada pela dialéctica entre utopia e contra-utopia. Veremos, ao longo danossa leitura da obra, a forma singular como o autor constrói a sua narrativa comoutopia, distopia e ucronia, ao mesmo tempo que adere aos princípios e às directrizesdo romance pós-moderno, de registo autobiográfico, com implicações ao nível dosgéneros, como o discurso diarístico, o memorialismo, o relato de viagem ou a digressão contemplativa e poética. Na complexidade destas suas vias, observaremos comodo seu carácter compósito nasce uma obra única, de carácter introspectivo e profundamente humano, e que não deixa de surpreender pela sua extraordinária actualidade,vindo finalmente a estabelecer algumas ligações intertextuais com autores como JulesVerne e Jean-Marie Gustave Le Clézio.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados