Com base da indagação de autores como David Mathews, entre outros, analisa-se o modo como Agustina Bessa Luís representa a personagem referencial de Inês de Castro nas suas Adivinhas de Pedro e Inês, de 1983. A imagem prevalentemente gótica aqui figurada compromete a aura romántica com que o mito é tradicionalmente pensado. A figuração agustiniana socorre-se tanto dos efeitos de multiplicidade da personagem, como dos modelos históricos e literários mediante os quais se exploram os efeitos de uma Inês que oscila entre a vítima e a ambiciosa, a sensual e a maquinadora.No proceso de imitaçã criativa do episódio, não se afirmam teses,fantes se sucedem elementos deduzidos e imaginados com base nos quais se aventam e questionam hióteses, numa constante visitação irónica de um períodod históricos que só excecionalmente escapa ao barbarismo
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