María de la Luz García Fleitas
Este estudo analisa como um retrato estereotipado da rainha egípcia Cleópatra VII sobrevive na banda desenhada de Martz Schmidt e Pérez Navarro. A personagem baseia-se em antigas construções de identidades que, vindas da antiguidade clássica, perduram ao longo do tempo e se inserem num produto de massa como a banda desenhada: Cleópatra, a partir de uma relação dicotómica entre Ocidente e Oriente, é entendida como mera estrangeira; e, a partir de uma categorização heteropatriarcal, torna-se um objeto sexual, é fortemente hipersexualizada e é entendida como usurpadora do poder, constituindo um exemplo de como a identidade de género foi parcialmente construída na nossa cultura ocidental.
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