Neste trabalho é proposta uma discussão, a partir da filmografia do cineasta Afonso Brazza, sobre os mercados do cinema, em particular no Ocidente, e a natureza de narrativas fílmicas cujos pontos de vista possam representar exercícios de contraponto aos cânones narrativos e às estruturas hegemônicas de produção e distribuição da indústria cinematográfica. Os filmes desse cineasta radicado em Brasília, soldado do Corpo de Bombeiros, podem ser pensados como narrativas radicais que, de modo lúdico, respondem aos excessos da indústria cultural e cinematográfica. Nessas narrativas, os signos e heróis das histórias contadas pelos outros são devorados antropofagicamente, assimilados, e recontados, em histórias próprias, que dizem de sua inserção no mundo, de seu pertencimento.
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