Este artigo aborda o conceito de família a partir das questões trazidas pelo romance A Bagaceira. Seu principal objetivo é investigar os elementos constitutivos de uma definição mais ampla deste conceito do que aquela proposta pelo modelo de família patriarcal. A fuga da gente do sertão, ocasionada pela seca, e sua busca por um novo espaço – narradas no livro – estabelecem uma situação de aparente caos e desmantelamento familiar. Entretanto, é na relação travada no novo local com os estabelecidos que a idéia de recomposição familiar se faz tão essencial para compreender a insuficiência do modelo de família patriarcal, quanto explicativa das demais unidades domésticas, assim como também nos revelará, para o caso sertanejo, o que está em jogo na luta pela afirmação da existência dessa unidade coesa.
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