A partir da poesia de Ana Paula Tavares, procurarei mostrar neste artigo como a dupla premissa do poder e do conhecimento, sobre a qual se ergueu o colonialismo dos séculos XIX e XX, foi reapropriada, subvertida, desmultiplicada e antropofagizada, revelando outras identidades. Este processo inaugura assim um tempo pós-colonial de possibilidade de acesso e valorização de outros conhecimentos, de outros poderes, expressos noutras línguas, noutros sons, noutras escritas, e hoje transmitidos em língua portuguesa.
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