O presente artigo aborda o coronelismo a partir da clássica obra São Bernardo, escrita por Graciliano Ramos, na qual retrata a estória da ascensão e declínio de um coronel. O presente artigo procura fazer um contraponto da narrativa da obra com a história brasileira, ao focar influência dos coronéis latifundiários desde o Império brasileiro até a Revolução de 1930. Em síntese, o coronel era a figura tradicional da localidade, que exercia influência e domínio a todos pelo carisma, poder econômico, técnico ou intelectual, e muitas vezes pelo medo, pois que geralmente também era o detentor dos meios policiais. Além disso, muito se recorria à violência política visando intimidar e manipular a população. A história demonstra que a prática do coronelismo caminhou junto ao clientelismo e ao personalismo no exercício do poder político, e se mostram uma mácula histórica extremamente prejudicial ao florescimento da participação e do interesse político pelos cidadãos brasileiros
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