Pesquisa qualitativa realizada em escola do município de São Paulo com objetivo de conhecer as práticas discursivas de adolescentes/jovens entre 14 e 17 anos sobre gênero. Abordagem teórico-metodológica da produção de sentidos do cotidiano, uma forma de trabalhar com a linguagem, sob a perspectiva construcionista. Coleta realizada por meio de duas questões aplicadas a um grupo de 211 participantes. Para o conteúdo das respostas adotamos a análise crítica do discurso. O processo de significação e produção de significados produziu esquemas que permitiram identificar a problemática e como é a sua inserção no cotidiano, obstáculos e superação dos desafios apresentados discursivamente sobre o ser homem e ser mulher. Os resultados mostraram a conduta de adolescentes/jovens em relação ao tratamento dado às questões pertinentes às práticas discursivas de gênero. Percebeu-se a existência de relações hierárquicas entre homens e mulheres que são manifestadas a partir das relações de dominação, poder e assimetria. Observou-se fortemente as permanências e, persistências de manter ordenamentos, costumes e significados associados através dos tempos do ser mulher e ser homem. Reconhecemos uma visão de masculinidade homogênea e positiva e uma imagem de feminilidade subalterna e dominada pelos costumes de uma sociedade conservadora. Desvelou-se uma tímida possibilidade de mudanças no que se refere à representação do que é ser mulher. Foram apontadas algumas características significativas, como aspectos visuais, valores e posturas que independem do sexo biológico. O estudo recomenda que sejam fomentadas políticas públicas que visem trabalhar fortemente uma imagem positiva e mais valorizada das mulheres e maior igualdade e equidade entre os sexos.
Qualitative research carried out in a school in the city of São Paulo with the objective of getting to know the discursive practices of adolescents between 14 and 17 years old about gender. Theoretical-methodological approach to the production of everyday meanings, a way of working with language from a constructionist perspective. Collection carried out by focus groups. We adopted critical discourse analysis to handle the content of the narratives. The process of signification and production of meanings produced schemes that allowed us to identify the problem and how it is inserted in daily life, obstacles and overcoming the challenges presented discursively about being a man and being a woman. The results showed the behavior of adolescents/young people when it comes to the treatment given to issues related to gender discursive practices. It was noted the existence of hierarchical relationships between men and women that are manifested from the relationships of domination, power and asymmetry. The permanence and persistence of maintaining order, customs and associated meanings of being a woman and being a man were strongly observed throughout the times. We recognize a vision of homogeneous and positive masculinity and an image of subordinate femininity, dominated by the customs of a conservative society. A slight possibility of changes was revealed regarding the representation of what it means to be a woman; pointed out some significant characteristics such as visual aspects, values and postures that do not depend on biological sex. The study recommends the promotion of public policies to encourage a positive and more valued image of women and equality and equity between the sexes.
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