Brasil
In the last few decades, there has been a global increase in the adoption of reptiles as companion animals, mainly turtles and tortoises. Considering the popularity of reptiles as pets in Brazil, and a notable lack of data about potentially pathogenic staphylococci in these animals, this study isolated and evaluate the antimicrobial susceptibility of staphylococcal species from healthy tortoises (Chelonoidis carbonaria) in Brazil. During a 12-month period (February 2019 to February 2020), cloacal swabs from 66 healthy tortoises were collected at the Wild Animals Screening Center in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. The swabs were plated onto mannitol salt agar for staphylococci isolation, and species identification was performed using MALDI-TOF MS. Antimicrobial susceptibility was investigated using the disk diffusion method, and the presence of the mecA gene was investigated by PCR to detect methicillin resistance. Of the tested animals, 72.7% were positive for staphylococcal isolation. All isolates were coagulase-negative staphylococci (CoNS), and Staphylococcus sciuri (81.3%), and S. xylosus (12.5%) were the most frequently isolated species. The majority of the isolates (56%) were resistant to at least one antimicrobial agent. A high frequency of resistance was observed for penicillin (35.5%) and tetracycline (29.1 %). All strains were susceptible to cefoxitin, chloramphenicol, ciprofloxacin, erythromycin, and gentamicin. All isolates were negative for the mecA gene. The present work suggests that healthy tortoises are mainly colonized by CoNS, especially S. sciuri. Half of the isolates were resistant to at least one antimicrobial, raising questions regarding the possible role of these animals as reservoirs of antimicrobial resistance genes
Nas últimas décadas, houve um aumento global na adoção de répteis como animais de companhia, principalmente tartarugas e jabutis. Considerando a popularidade dos répteis como animais de estimação no Brasil e a notável falta de dados sobre estafilococos potencialmente patogênicos nesses animais, o objetivo deste estudo foi isolar e avaliar a susceptibilidade antimicrobiana de espécies estafilocócicas de jabutis (Chelonoidis carbonaria) saudáveis no Brasil. Durante um período de 12 meses (fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020), suabes cloacais de 66 jabutis saudáveis foram coletados no Centro de Triagem de Animais Silvestres em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Os suabes foram plaqueados em ágar manitol salgado para isolamento de estafilococos e a identificação das espécies foi realizada usando MALDI-TOF MS. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi investigada pelo método de difusão em disco, e a presença do gene mecA foi investigada por PCR para detectar resistência à meticilina. Dos animais testados, 72,7% foram positivos para o isolamento estafilocócico.
Todos os isolados eram estafilococos coagulase-negativos (CoNS), sendo Staphylococcus sciuri (81,3%) e S. xylosus (12,5%) as espécies mais frequentemente isoladas. A maioria dos isolados (56%) foi resistente a pelo menos um antimicrobiano. Alta frequência de resistência foi observada para penicilina (35,5%) e tetraciclina (29,1%). Todas as estirpes foram sensíveis à cefoxitina, cloranfenicol, ciprofloxacina, eritromicina e gentamicina. Todos os isolados foram negativos para o gene mecA. O presente trabalho sugere que jabutis saudáveis são colonizados principalmente por CoNS, especialmente S. sciuri. Metade dos isolados foram resistentes a pelo menos um antimicrobiano, levantando questões sobre o possível papel desses animais como reservatórios de genes de resistência aos antimicrobianos.
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