Ricardo Greene, Carla Pinochet Cobos, Débora Lanzeni
Este artículo busca elaborar una reflexión en torno a los modos en que la práctica etnográfica, constituida en sus desarrollos clásicos al alero de la disciplina antropológica, experimenta un conjunto de tensiones, desafíos y transformaciones en sus ejercicios contemporáneos. En el marco de una intensificación de los cruces inter y transdisciplinares, y en medio de los acelerados y complejos tránsitos hacia el mundo digital, la etnografía debe replantear sus modos de hacer en tanto método, enfoque y práctica escritural. Se trata de negociaciones no exentas de conflictos y que nos llaman a comprender cómo las actuales condiciones de producción de lo etnográfico han favorecido la emergencia de nuevas formas de estar-allí. En este texto, que sirve de introducción al presente dosier de la revista y se construye con base en la lectura y discusión de literatura especializada, nos interrogamos acerca de las actuales zonas de fricción de la etnografía como práctica epistemológica, ético-política, metodológica y estética, al tiempo que constatamos los bordes porosos de sus definiciones canónicas y avizoramos perspectivas críticas que allanan el camino hacia los futuros de la etnografía.
Este artigo elabora uma reflexão sobre os modos em que a prática etnográfica, constituída em seu desenvolvimento clássico à beira da disciplina antropológica, experimenta um conjunto de tensões, desafios e transformações em seus exercícios contemporâneos. No âmbito de uma intensificação dos cruzamentos inter e transdisciplinares e, em meio das aceleradas e complexas transições ao mundo digital, a etnografia deve repensar seus modos de fazer no que se refere ao método, abordagem e prática da escrita. Trata-se de negociações não isentas de conflitos e que nos chamam a compreender como as atuais condições de produção do etnográfico vêm favorecendo a urgência de novas formas de estar aí. Neste texto, que serve de introdução ao presente dossiê da revista e é construído com base na leitura e discussão de literatura especializada, questionamo-nos acerca das atuais áreas de fricção da etnografia como prática epistemológica, ético-política, metodológica e estética, ao mesmo tempo que constatamos as bordas porosas de suas definições canônicas e observamos perspectivas críticas que preparam o caminho para o futuro da etnografia.
The purpose of this article is to discuss the ways in which the ethnographic practice, constituted in its classical developments under the wing of the anthropological discipline, is undergoing a set of tensions, challenges, and transformations in its contemporary exercises. In the midst of an intensification of inter- and ansdisciplinary intersections, and of the accelerated and complex transitions towards the digital world, ethnography must rethink its processes as a method, approach, and writing practice. These negotiations are not devoid of conflicts and call us to understand how the current conditions of ethnographic production have favored the emergence of new ways of being present. This text serves as an introduction to the present issue of the journal and is based on the reading and discussion of specialized literature. In it, we question the current areas of friction of ethnography as an epistemological, ethico-political, methodological, and aesthetic practice, while we note the porous edges of its established definitions and envision critical perspectives that pave the way towards the futures of ethnography.
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