Brasil
Neste trabalho realizamos um percurso genealógico da raça e do racismo por meio das pesqui-sas de Michel Foucault sobre o biopoder e a biopolítica e de Achille Mbembe sobre o nascimen-to do negro e da África no discurso europeu do século XVII. Partimos da tese de que a raça não é uma realidade biológica ou cultural, mas uma invenção política. O pensador camaronês evi-dencia que a condição negra foi matricial para o capitalismo se consolidar como sistema hege-mônico e que, no contemporâneo, é a manutenção dessa condição que atualiza nossa coloniza-ção. Nesse sentido, gostaríamos de problematizar a raça através da história, explicitar seu uso necropolítico e sua dimensão subjetivante e desejante, a fim de avançar no debate sobre a questão que, a nosso ver, pode ajudar na construção de uma psicologia que se pretende antir-racista: quais os modos possíveis de combate à colonização subjetiva?
In this work we carry out a genealogical journey of race and racism, through the research of Michel Foucault on biopower and biopolitics and Achille Mbembe on the birth of negro and Af-rica in the 17th century European discourse. We assume that race is not a biological or cultur-al reality, but a political invention. The philosophe Cameroonian shows that the black condi-tion was matrix for capitalism to consolidate itself as a hegemonic system and that, in the contemporary, it is the maintenance of this condition that updates our colonization. In this sense, we would like to problematize the race through history, explain its necropolitical use and its subjectivating and desiring dimension to advance the debate with the question that we believe helps in the construction of a psychology that is intended to be anti-racist: what are possible ways to combat subjective colonization?
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