Ocupación antirracista y decolonial del espacio psicoanalítico

• Andréa Máris Campos Guerra ^[1] ; Enrico Martins Poletti Jorge ^[1] ; Renata Lucindo Ferreira Mendonça ^[1] ; Tayná Celen Pereira Santos ^[1] ; Cristiane da Silva Ribeiro ; Fábio Santos Bispo ^[2] ; Marcela Fernanda de Souza ; Nayara Paulina Fernandes Rosa ; Sonia Rodrigues da Penha
  1. [1] Universidade Federal de Minas Gerais

     Universidade Federal de Minas Gerais

     Brasil

     
  2. [2] Universidade Federal do Espírito Santo

     Universidade Federal do Espírito Santo

     Brasil

     
• Localización: Quaderns de Psicología, ISSN 0211-3481, Vol. 23, Nº. 3, 2021
• Idioma: español
• Títulos paralelos:
  • Anti-racist and decolonial occupation of the psychoanalytical space
  • Ocupação antirracista e decolonial do espaço psicanalítico
• Enlaces
  • Texto completo (pdf)
• Resumen
  • português

    O objetivo do presente artigo é descentralizar o texto de Jacques Lacan a partir de uma geopo-lítica que pretende se fazer interpretante, uma vez que o autor acentua a importância de o analista visar, no horizonte de sua práxis, a subjetividade de sua época. Parte-se de uma posi-ção na qual o analista não é neutro frente às tendências racistas e ao modo como o discurso dominante de uma época incide sobre o inconsciente. Em um contexto historicamente marcado pela abolição tardia da escravidão, encarceramento e genocídio da população negra e diversas práticas segregativas, como no caso brasileiro, é premente tomar o racismo como uma catego-ria sob o olhar da psicanálise em seu campo clínico e político, ao lado das demais disciplinas sociais. Pretendemos, assim, identificar algumas premissas para iniciar a desmontagem dos ar-tefatos teóricos dominantes e seguir em direção a um novo arcabouço epistêmico, fundamen-tando uma prática clínica antirracista

  • English

    The goal of this article is to decentralize Jacques Lacan’s text through a geopolitical perspec-tive that intends to make itself the one that interprets, since the author emphasizes the im-portance of the analyst seeking, on the scope of the analyst’s praxis, the subjectivity of the analyst’s time, implying that defining a position in which the analyst isn’t neutral before the racist tendencies and the ways that one’s time dominant discourse influences overthe uncon-scious. In a historical background scarred by late abolition of slavery, imprisonment and geno-cide of the black population, and a diversity of segregationist practices, as it is in Brazil, it is crucial to take racism as a category in the psychoanalysis view in its clinical and political field. Therefore, we intend to identify some premises to initiate a dismantling of dominant theori-cal artifacts, to go in the direction of a new epistemic framework, grounding an antiracist clinical practice.