Socorro, Portugal
O presente artigo apresenta parte de um estudo mais amplo sobre a avaliação dos alunos com necessidades especiais, desenvolvido no 1.º Ciclo do ensino básico em Lisboa – Portugal. Foi nosso objetivo compreender de quem é a responsabilidade pelo processo de avaliação para as aprendizagens dos alunos com necessidades educativas especiais. Defender a igualdade de oportunidades dos alunos com necessidades educativas especiais é assumir o direito à aprendizagem de todos os alunos, na construção de respostas curriculares que tenham em conta a diversidade. A discussão sobre o direito à aprendizagem remete para práticas de avaliação para as aprendizagens inclusivas. Em Portugal, na maioria das escolas, a ação de diversos profissionais com formação em áreas disciplinares diferenciadas torna a colaboração no decorrer do ato avaliativo um tópico de interesse pertinente. A metodologia de índole eminentemente interpretativa e qualitativa usou como recolha de dados a observação, a entrevista semiestruturada e a recolha documental. A análise dos dados dá-nos conta de alguma tensão no que respeita ao desenvolvimento de processos de avaliação para as aprendizagens em colaboração e partilhados. A colaboração, assumida em diversas narrativas, apresenta-se no plano normativo, prescritivo e do desejável. No entanto, os discursos denotam práticas de avaliação que, podendo ser multidisciplinares, são eminentemente individuais. No geral as narrativas elegem o professor de educação especial como o responsável pela avaliação, seja como principal ator, seja como facilitador na partilha de informação entre os diversos profissionais.
The present paper presents part of a broader study on the assessment of students with special needs, developed at a primary school in Lisbon-Portugal. It was our aim to understand who is responsible for the assessment for learning process of students with special educational needs. Defending equal opportunities for students with special needs is to assume the right to learning of all students, building curriculum responses that take into account the diversity. The discussion on the right to learning refers to assessment for learning inclusive practices. In Portugal, in most schools, the action of several professionals with training in differentiated disciplinary areas makes the collaboration during the assessment act a topic of relevant interest. The methodology eminently interpretative and qualitative used for collecting data the observation, the interviews and the documental analysis. The analysis of the data reveals some tension with regard to the development of assessment for learning processes in collaboration and shared. The collaboration, taken in several narratives is presented in the regulatory, prescriptive and the desirable plan. However, the speeches denote assessment practices which could be multidisciplinary but are eminently individuals. In general, the narratives elect the special education teacher responsible for the assessment, as the main actor, or a facilitator on sharing information between the various professionals.
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