Brasil
O presente ensaio visa a analisar o percurso teórico realizado desde o século XIX em torno da categoria da ação de direito material, dando destaque para a proposta de substituição do conceito de ação pelo termo pretensão, realizada por Windscheid, bem como pela apropriação do termo ação pelos processualistas, responsáveis por transformar a ação em um conceito ambivalente. Passo seguinte, os processualistas brasileiros – salvo honrosas exceções – cuidaram de sepultar o conceito de ação de direito material, categoria enraizada na nossa tradição jurídica desde clássicos como José Homem Corrêa Telles, João Monteiro e Paula Baptista. Com isso, reforçou-se um discurso italianizado em prol das chamadas “tutelas dos direitos”, com vistas a reforçar um modelo de jurisdição e de “ação” (processual) pensado para o Estado, e não para os indivíduos.
This essay seeks to analyse the the oretical development, since the 19th century,regarding the concept of “substantive law legal action”, highlighting the replacement of the term action by the term claim (first advanced by Windscheid) and the appropriation of the tem action by procedural lawyers, responsible for making it an ambivalent definition. Brazilian procedural theorists, except for a few honour able cases, brought the concept of substantive law legal action to an end, even though it was an established institute in our legal practice ever since classic scholars such as José Homem Corrêa Telles, João Monteiro and Paula Baptis ta. All of it led to a quasiItalian conception of rights protection, seeking to reinforce a model of (procedural) “action”, of jurisdiction designed for the state and not for individuals.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados