Luana Laís Femina, Susilene Maria Tonelli Nardi, Priscila Donda, André Willian Lozano, Heloisa da Silveira Paro Pedro, Vânia Del’Arco Paschoal
Introduction: The surveillance of leprosy contacts is essential to eliminate leprosy; therefore, it must be intensified. Objectives: Characterizing individuals who had leprosy and their household contacts; comparing the number of contacts registered in medical records to the current number of contacts. Methods: Cross-sectional descriptive study carried out in two counties in Northwestern São Paulo State. A specific instrument was used for data collection, namely: information in medical records and collected during interviews conducted with patients assisted between 2001 and 2013. These data were registered in the Brazilian Information System of Notifiable Diseases (SINAN). Individuals were invited to participate in interviews conducted through three phone calls or home visits. Results: Of the 103 cases reported in the period, 57 (55.3%) were interviewed - of them, 24.5% reported to have lived with a former leprosy patient: father, sons or brothers, mostly. In total, 56.7% of the household contacts identified in the medical records had dermatologic evaluations, 49.3% took the BCG-ID vaccine and seven (4.7%) became ill. Most of the treated leprosy patients lived with low income and had little schooling - mean number of household contacts per patient was 2.6 family members. The number of household contacts was different from that recorded in the medical records of 43.9% of the interviewed index cases - 24.6% of them had more household contacts. Conclusion: Information available in medical records and that recorded through the interviews did not match. Contacts that are not evaluated by the healthcare service have higher risk of becoming ill. Deepening the commitment of health professionals with the fight against leprosy means contributing to eliminate this disease in Brazil
Introdução: A vigilância de contatos de hanseníase é um pilar para a eliminação da doença e precisa ser intensificada. Objetivos: Caracterizar as pessoas que tiveram hanseníase e seus contatos domiciliares, confrontando o número de contatos registrados nos prontuários com a quantidade real de contatos existentes. Métodos: Estudo descritivo transversal, realizado em dois municípios do noroeste paulista, que coletou, por meio de um instrumento próprio, informações de prontuários e entrevistas de pacientes registrados no SINAN, tratados nos anos de 2001 a 2013. Os indivíduos foram convidados para entrevista por até três ligações telefônicas ou visitas domiciliares. Resultados: Dos 103 casos notificados no período, 57 (55,3%) foram entrevistados e, destes, 24,5% relataram ter morado com indivíduo acometido por hanseníase, sendo o pai, o filho e o irmão os mais frequentes. Dos contatos domiciliares identificados nos prontuários analisados, 56,7% passaram por avaliação dermatológica, 49,3% tomaram a vacina BCG-ID e sete (4,7%) adoeceram. A maioria dos pacientes com hanseníase tratados possuía baixa renda e escolaridade, e a média de contatos domiciliares por paciente foi de 2,6 familiares. Dos casos índices entrevistados, em 43,9%, a quantidade de contatos domiciliares era diferente da registrada nos prontuários, sendo que 24,6% tinham mais contatos domiciliares. Conclusão: Há discordância entre as informações contidas nos prontuários e as obtidas por meio da entrevista. Os contatos não avaliados pelo serviço de saúde evidenciam maior risco de adoecimento. Ampliar o envolvimento dos profissionais de saúde com a hanseníase contribuirá para a eliminação da doença no país.
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