Fatores de risco e prevalência da deficiência auditiva infantil no município de Vila Velha, Espírito Santo

• Gardoni, Camila Cristello ^[1] ; Oggioni, Natana Ribeiro ^[1] ; Braga, Débora Brizon ^[1] ; Szpilman, Ana Rosa Murad ^[1]
  1. [1] Universidade Vila Velha

     Universidade Vila Velha

     Brasil

     
• Localización: Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde - RBPS, ISSN-e 2446-5410, Vol. 23, Nº. 2, 2021, págs. 39-48
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Risk factors and prevalence of child hearing disability in the city of Vila Velha, Espírito Santo, Brazil
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  • português

    Introdução: Considerada um problema de saúde pública, a deficiência auditiva em crianças pode prejudicar o processo de desenvolvimento da linguagem se o diagnóstico e intervenção não ocorrerem precocemente. Objetivos: Identificar os fatores de risco e a prevalência da deficiência auditiva em crianças atendidas no Programa de Saúde Auditiva do Sistema Único de Saúde de uma universidade de Vila Velha, ES. Métodos: Estudo transversal e retrospectivo de agosto de 2016 a agosto de 2018. A partir dos dados dos prontuários, realizou-se uma análise dos resultados da triagem do risco para deficiência auditiva e dos indicadores de risco. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Resultados: Das 123 crianças estudadas, um total de 61 apresentou algum tipo de deficiência auditiva, sendo que 21,31% (n= 13) tiveram perda neurossensorial coclear, identificada pelo TAN; 36,06% (n=22) tiveram perda por lesão retrococlear identificada pelo BERA; e 42,62% (n=26) apresentaram perda neurossensorial coclear e retrococlear, ou seja, tanto no TAN quanto no BERA. Observou-se maior prevalência nos casos de permanência na incubadora >7 dias, medicações ototóxicas, malformações craniofaciais, nascimento prematuro, otite média recorrente, síndromes associadas, hiperbilirrubinemia, porém o único que teve significância estatística foi “ventilação mecânica”. Conclusão: Os achados demonstraram alta prevalência de deficiência auditiva em crianças de 0 a 5. Apesar de o fator “ventilação mecânica” ter sido o único com significância, acredita-se que o diagnóstico de deficiência auditiva tenha forte relação com os demais fatores de risco identificados no estudo.

  • English

    Introduction: Considered a public health problem, hearing loss in children can impair the language development process if the diagnosis and intervention do not occur early. Objectives: To identify the risk factors and the prevalence of hearing impairment in children attended in the Unified Health System Hearing Health Program of a university in Vila Velha, ES. Methods: Cross-sectional and retrospective study from August 2016 to August 2018. Based on data from medical records, an analysis of the results of hearing loss risk and risk indicators screening was performed. The research was approved by the University’s Research Ethics Committee. Results: Of the 123 children studied, a total of 61 had some type of hearing impairment, with 21.31% (n = 13) having cochlear sensorineural loss, identified by NHS, 36.06% (n = 22) had hearing loss. retrocochlear lesion identified by BERA, and 42.62% (n = 26) presented cochlear and retrocochlear sensorineural loss, that is, both in the NHS and in the BERA. A higher prevalence was observed in cases of stay in the incubator> 7 days, ototoxic medications, craniofacial malformations, premature birth, recurrent otitis media, associated syndromes, hyperbilirubinemia, but the only one that had statistical significance was “mechanical ventilation”. Conclusion: The findings demonstrated a high prevalence of hearing loss in children aged 0 to 5. Although the factor “mechanical ventilation” was the only one with significance, it is believed that the diagnosis of hearing loss has a strong relationship with the other identified risk factors in the study.