Resumen de Percepção dos acadêmicos de medicina sobre o uso do canabidiol em tratamentos medicinais
Rafael Rolli Haddad, Ana Julia Marques Ramos, Alessandra Soares Pinto Mendes de Freitas, Claudio Alex Pinchemel Júnior, Amanda Resende Piassi, Lindisley Ferreira Gomides
Inúmeras pesquisas com o Canabidiol (CBD) têm mostrado uma gama de possibilidades terapêuticas do extrato, com uma baixa incidência de efeitos colaterais; porém, apesar dos benefícios, o seu uso na prática clínica ainda é incipiente. Nesse contexto, o presente trabalho propôs avaliar a percepção de acadêmicos de Medicina (AM) sobre as propriedades terapêuticas do CBD e questões relacionadas. Trata-se de uma pesquisa transversal, quantitativa e descritiva, realizada por meio de um questionário online na plataforma Google Forms. Dentre os AM regularmente matriculados, 183 participaram do estudo, sendo 60,7% mulheres e 72,7% com faixa etária entre 19 a 25 anos. Desses, 89,1% já possuíam alguma informação sobre uso medicinal da Cannabis sativa e 76% relataram conhecer a grande variedade dos princípios ativos da planta, sendo o tratamento mais comum (80,3%) indicado para epilepsia. Apesar dessa consciência, 87% dos AM não conhecem médicos que prescrevem o CBD e 83% desconhecem algum protocolo clínico que envolve o extrato, demonstrando os tratamentos clínicos ainda necessitam de mais apoio nas pesquisas, estudo e divulgação nos meios acadêmico e profissional. Espera-se que o estudo estimule mais pesquisas sobre o tema, a fim de desenvolver o interesse de estudantes e dos profissionais da saúde, principalmente as especialidades que atualmente podem prescrever o CBD, tendo como enfoque principal a disseminação dos benefícios no uso dessa substância no tratamento de patologias ou coadjuvante em cuidados paliativos e o acompanhamento dos pacientes que necessitam de terapias alternativas aquelas já investidas, conferindo saúde e melhor qualidade de vida.
