Analogias & alusões: a lepra no jornal Pão de Santo Antônio (Diamantina, 1930-1934)

• Carvalho, Keila Auxiliadora ^[1] ; Souza, Ramon Feliphe ^[2]
  1. [1] Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM
  2. [2] Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz
• Localización: Dimensões: Revista de História da Ufes, ISSN-e 2179-8869, ISSN 1517-2120, Nº. 48, 2022 (Ejemplar dedicado a: Edição 48 (2022/1)), págs. 19-32
• Idioma: portugués
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• Resumen
  • English

    The present article aims to follow the discourses on leprosy in the press of the city of Diamantina, Minas Gerais, specifically in the Catholic newspaper Pão de Santo Antônio, between the years 1930 and 1934, a period when the policy of compulsory isolation of those affected by the disease was being structured. The intention is to show that, before being elevated to the condition of “national scourge” and becoming the target of public health policies, the assistance to the sick was the responsibility of private confessional or lay institutions, especially the Societies for the Assistance to the Lazarusians and Defense against Leprosy. Initially created in São Paulo, the institution expanded to several states in Brazil, including Minas Gerais in 1931. We argue that the press was an important vehicle in the process of legitimizing leprosy control policies, especially compulsory isolation, since it circulated representations that attributed a meaning to the disease full of pejorative connotations, contributing to its diffusion and incorporation into the social imaginary.

  • português

    O artigo analisa discursos sobre a lepra na imprensa da cidade de Diamantina, Minas Gerais, especificamente no jornal diamantinense Pão de Santo Antônio, entre os anos de 1930 e 1934, período em que estava sendo estruturada a política de isolamento compulsório dos acometidos pela doença. A intenção é mostrar que, antes de ser elevada à condição de “flagelo nacional” e se tornar alvo de políticas públicas de saúde, a assistência aos doentes ficou a cargo de instituições privadas confessionais ou laicas, destacadamente das Sociedades de Assistência aos Lázaros e Defesa contra a Lepra. Criada incialmente em São Paulo, a instituição se expandiu por vários estados do Brasil, inclusive para Minas Gerais, em 1931. Por meio de revisão bibliográfica e da análise de edições do Pão de Santo Antônio, discutimos como a imprensa foi um veículo importante no processo de legitimar as políticas de controle da lepra, de modo especial o isolamento compulsório, já que por ela circularam representações que atribuíram um significado à doença repleto de conotações pejorativas, contribuindo para sua difusão e incorporação ao imaginário social.