As relações sociais capitalistas determinam um psiquismo particular cuja legalidade está circunscrita aos marcos do capital. É a partir da crítica a economia política que pode-se apreender as suas bases, mas não mecanicamente, pois há uma relação dialética entre objetividade e subjetividade. A base do psiquismo encontra-se nas relações sociais capitalistas, ao mesmo tempo que o psiquismo media estas relações. Estas relações fetichizadas produzem um sujeito fetichizado, o que psiquicamente materializa-se no inconsciente, ele incorpora o capital, assimilando também suas contradições. Há uma espécie de luta de classes psíquica em que o sujeito afirma e nega sua condição coisificada. A psicanálise é a teoria que mais avançou na apreensão do psiquismo deste sujeito, mas incorre em um conjunto de equívocos dado a sua base idealista burguesa, de modo que defende-se sua suprassunção pelo marxismo a fim de avançar na apreensão da legalidade psíquica própria ao capitalismo.
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