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Resumen de Memória, esquecimento e tortura em La Jetée e On vous parle du Brésil, de Chris Marker, e na poesia de presos políticos no Brasil

Nelson Martinelli Filho

  • español

    El cortometraje La Jetée (1962), de Chris Marker, produce, en fotomontaje, una narrativa que trae a escena el debate sobre las nociones de memoria y trauma. Ambos temas parecen volver en das películas posteriores del mismo director, On vous parle du Brésil: Tortures (1969) y On vous parle du Brésil: Carlos Marighella (1970), que tratan sobre la institucionalización de la tortura policial durante la dictadura militar brasileña. Los debates que suscitan las películas son cruciales para el estudio del testimonio de víctimas y sobrevivientes de dictaduras y genocidios, tocando el punto donde memoria y olvido se articulan en experiencias individuales y colectivas. Las prácticas autoritarias en las sociedades revelan, como síntoma, una alta tasa de encarcelamientos por motivaciones y fuerzas ideológicas, cuyas víctimas son comúnmente llamados presos políticos. Si los registros oficiales excluyen y manipulan las historias de estos individuos para ocultar los crímenes cometidos por el aparato del Estado, cierta parte de estas historias es preservada y transmitida por medios alternativos, como informes, testimonios, cartas y textos literarios. A pesar de recibir menos atención que la prosa en este contexto, la poesía también se ha convertido en un importante espacio de testimonio para las víctimas, estableciéndose como una forma de conservación de la memoria de los excluidos/silenciados. En este sentido, este trabajo tiene como premisa acercar los cortometrajes La Jetée, On vous parle du Brésil: Tortures y On vous parle du Brésil: Carlos Marighella a la producción de poesía en el contexto de la prisión política durante la dictadura militar brasileña, con especial atención a los poetas Alex Polari, Pedro Tierra, Lara de Lemos, Gilney Viana y Marcelo Mário de Melo, desde las nociones de memoria, olvido y trauma, en diálogo con los aportes de Paul Ricoeur y Sigmund Freud.

  • English

    The short film La Jetée (1962), by Chris Marker, produces, in photomontage, a narrative that brings to the scene the debate on the notions of memory and trauma. Both themes seem to return in two later films by the same director, On vous parle du Brésil: Tortures (1969) and On vous parle du Brésil: Carlos Marighella (1970), which deal with the institutionalization of police torture during the Brazilian military dictatorship. The debates raised by the films are crucial for the study of the testimony of victims and survivors of dictatorships and genocides, touching on the point where memory and forgetfulness are articulated in individual and collective experiences. Authoritarian practices in societies reveal, as a symptom, a high rate of incarcerations due to ideological motivations and forces, whose victims are commonly called political prisoners. If official records exclude and manipulate the histories of these individuals in order to hide the crimes committed by the State apparatus, a certain portion of these histories is preserved and transmitted through alternative means, such as reports, testimonies, letters and literary texts. Despite receiving less attention than prose in this context, poetry has also become an important witness space for victims, establishing itself as a way of conserving the memory of the excluded/silenced. In this sense, this work is premised on bringing the short films La Jetée, On vous parle du Brésil: Tortures and On vous parle du Brésil: Carlos Marighella closer to the production of poetry in the context of political prison during the Brazilian military dictatorship, with special attention to the poets Alex Polari, Pedro Tierra, Lara de Lemos, Gilney Viana and Marcelo Mário de Melo, from the notions of memory, forgetting and trauma, in dialogue with the contributions of Paul Ricoeur and Sigmund Freud.

  • português

    O curta-metragem La Jetée (1962), de Chris Marker, produz, em fotomontagem, uma narrativa que põe em cena o debate sobre as noções de memória e de trauma. Ambos os temas parecem retornar em duas películas posteriores do mesmo diretor, On vous parle du Brésil: Tortures (1969) e On vous parle du Brésil: Carlos Marighella (1970), nas quais se trata da institucionalização da tortura policial durante a ditadura militar brasileira. Os debates suscitados pelos filmes são determinantes para o estudo do testemunho de vítimas e sobreviventes de ditaduras e genocídios, tocando no ponto em que se articula memória e esquecimento nas experiências individuais e coletivas. As práticas autoritárias nas sociedades revelam, como sintoma, um elevado índice de encarceramentos por motivações e forças ideológicas, cujas vítimas são comumente chamadas de presos políticos. Se os registros oficiais excluem e manipulam as histórias desses indivíduos a fim de ocultar os crimes cometidos pelos aparelhos de Estado, certa parcela dessas histórias se conserva e se transmite por vias alternativas, como em relatos, depoimentos, cartas e textos literários. Apesar de receber menos atenção que a prosa nesse contexto, a poesia também se tornou um importante espaço de testemunho para as vítimas, estabelecendo-se como uma forma de conservação da memória dos excluídos/silenciados. Nesse sentido, este trabalho tem por premissa aproximar os curtas La Jetée, On vous parle du Brésil: Tortures e On vous parle du Brésil: Carlos Marighella à produção de poesia no contexto do cárcere político durante a ditadura militar brasileira, com atenção especial aos poetas Alex Polari, Pedro Tierra, Lara de Lemos, Gilney Viana e Marcelo Mário de Melo, a partir das noções de memória, esquecimento e trauma, em diálogo com as contribuições de Paul Ricoeur e Sigmund Freud. 


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