Fernanda Fernandes Pimenta de Almeida Lima, Valdivino Júnior Pereira Mendanha
Este artículo despliega una mirada a las noticias policiales periodísticas, a la luz del Análisis del Discurso francés y de los estudios sobre géneros discursivos. Entre algunos autores que sustentan nuestra discusión, Foucault (2002a, 2002b, 2008) y Quinalha (2017) postulan percepciones sobre la relación entre el sujeto y su lugar marcado histórica y simbólicamente en los discursos. Entre los datos recopilados, consistentes en un conjunto de noticias extraídas de los medios de comunicación nacionales, publicadas en periódicos impresos, en la década de 1980, y digitales, hoy, analizamos una noticia de 1984. Observamos cómo los significados de los delitos cometidos contra homosexuales fueron enunciados por los medios de comunicación de la sociedad brasileña y cómo inscribieron, de forma reglamentaria y captiva, a estos sujetos en un proceso identitario de discriminación y marginalidad. Reflexionamos sobre cómo los discursos se alinean, entre pasado y presente, en una determinada regularidad, y cómo retoman, en el día a día, los efectos de exclusión del homosexual, en la medida en que, en su estructura, indican un lugar de enunciación segregado. en estereotipos. El enunciado mediático, por lo tanto, es objeto de escrutinio en sus condiciones de producción, de modo que sea posible desmitificar significados incrustados en la opacidad de sus noticias sobre homosexuales asesinados. Agregamos a esto una reflexión sobre el papel de la escuela frente a las cuestiones de género y sexualidad, así como sobre la transversalidad de esta temática en el campo de la educación, especialmente en las orientaciones curriculares oficiales. Al fin y al cabo, cuando leemos estas noticias, estamos en una búsqueda constante por comprender la mirada que lanzan sobre los homosexuales y que, poco a poco, emprenden un relato sobre su existencia en diferentes ámbitos sociales. Es un juego enunciativo de poder que enreda al homosexual en una visibilidad conflictiva, segregada y silenciada por la violencia, al instituir significados que, en particular, potencian su exclusión y humillación.
This article unfolds a look at journalistic police news, in the light of French Discourse Analysis and studies on discursive genres. Among some authors that support our discussion, Foucault (2002a, 2002b, 2008) and Quinalha (2017) postulate perceptions about the relationship between the subject and its historically and symbolically marked place in discourses. Among the collected data, consisting of a set of news extracted from the national media, published in printed newspapers, in the 1980s, and digital ones, today, we analyzed a news item from 1984. We observed how the meanings of crimes committed against homosexuals were enunciated by the media Brazilian society and how they inscribed, in a regulatory and captious way, these subjects in an identity process of discrimination and marginality. We ponder how the discourses are aligned, between past and present, in a given regularity, and how they resume, on a daily basis, the effects of exclusion of the homosexual, insofar as, in their structure, they indicate a place of enunciation segregated in stereotypes. The media utterance, therefore, is the object to be scrutinized in its conditions of production, so that it becomes possible to demystify meanings embedded in the opacity of its news about murdered homosexuals. We add to this a reflection on the role of the school in the face of gender and sexuality issues, as well as on the transversality of this theme in the field of education, especially in the official curricular guidelines. After all, when we read these news, we are in a constant search to understand the look they cast on the homosexual and that, gradually, undertake a story about their existence in different social spheres. It is an enunciative game of power that entangles the homosexual in a conflicting visibility, segregated and silenced by violence, by instituting meanings that, in particular, enhance their exclusion and humiliation.
O presente artigo desdobra um olhar sobre a notícia policial jornalística, à luz da Análise do Discurso francesa e dos estudos sobre gêneros discursivos. Entre alguns autores que fundamentam nossa discussão, Foucault (2002a, 2002b, 2008) e Quinalha (2017) postulam percepções sobre a relação entre o sujeito e o seu lugar histórica e simbolicamente marcado nos discursos. Entre os dados coletados, constituídos por um conjunto de notícias extraídas da mídia nacional, veiculadas em jornais impressos, nos anos 1980, e digitais, na atualidade, analisamos uma notícia de 1984. Observamos como os sentidos de crimes cometidos contra homossexuais eram enunciados pela mídia brasileira e como inscreviam, de modo regulador e capcioso, esses sujeitos em um processo identitário de discriminação e marginalidade. Ponderamos como os discursos se alinham, entre passado e presente, em uma dada regularidade, e como retomam, cotidianamente, efeitos de exclusão do homossexual, na medida em que, em sua estrutura, lhe assinalam um lugar de enunciação segregado em estereótipos. O enunciado midiático, portanto, é o objeto a se perscrutar em suas condições de produção, para que se torne possível desmistificar sentidos incrustrados na opacidade de suas notícias sobre homossexuais assassinados. Somamos a isso uma reflexão sobre o papel da escola ante as questões de gênero e sexualidade, bem como sobre a transversalidade desse tema no campo da educação, especialmente, em diretrizes curriculares oficiais. Afinal, ao lermos essas notícias, estamos em uma constante busca para entendermos o olhar que elas lançam sobre o homossexual e que, de modo gradual, empreendem uma história sobre sua existência em diferentes esferas sociais. Trata-se de um jogo enunciativo de poder que enreda o homossexual em uma visibilidade conflitante, segregada e silenciada pela violência, ao instituir sentidos que, particularmente, aprimoram sua exclusão e sua humilhação.
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