Este artigo discute as contribuições de Habermas e de Forester para o tratamento de questões valorativas pelas ciências sociais e pelo planejamento. A concepção habermasiana de racionalidade comunicativa é vista como uma alternativa à neutralidade axiológica positivista e ao relativismo das concepções pós-modernas, na medida em que permite tratar racionalmente questões de valor, a partir de critérios fornecidos pela linguagem: as pretensões de compreensibilidade, verdade, sinceridade e correção normativa, que constituem os pressupostos contra-factuais dos atos de fala. Forester elabora categorias intermediárias que permitem a aplicação dos abstratos conceitos habermasianos ao cotidiano da prática dos planejadores, considerada, simultaneamente, em suas dimensões técnica, sociopolítica e ética.
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