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Fogo Pálido, romance de Vladimir Nabokov, possui um complexo sistema narratológico composto por transgressões narrativas de diferentes ordens. Denominadas como metalepses por Genette (1995; 2004), essas transgressões permeiam todo o romance. Sob essa perspectiva, o objetivo desse estudo é analisar como funcionam e quais os efeitos das metalepses em Fogo Pálido. As metalepses formam um labirinto narrativo ao ponto de o leitor não saber se está lendo uma narrativa primária ou secundária. Elas também reforçam a autossuficiência da narrativa, ao transporem barreiras que a realidade não permite e, ainda, apontam para uma metacrítica literária, questionando os valores do texto literário e da crítica artística.
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