Resumen de A entrada de Rachel de Queiroz na Academia Brasileira de Letras: uma reconstituição jornalística da primeira imortalidade feminina

Taffarel Bandeira Guedes

• English

  This article presents a reconstruction of Rachel de Queiroz's entry into the Brazilian Academy of Letters. The novelist from Ceará was the first woman to achieve immortality. We conducted extensive research of newspapers and magazines published in 1977 and collected several notes, news, reports, and interviews that showed a great interest of the press in this unprecedented and long-awaited event. In addition to journalistic documentation, our analysis included bibliographic sources, letters, and other records that helped us identify broad political and ideological support to Rachel as a candidate for Chair 5 of the Brazilian Academy of Letters: Geisel (1977), Médici (1977), Lacerda (2007), and Fanini (2009; 2010). By revealing the circumstances under which the code was changed, the influential friendships of the writer at the institution, the support of the immortals for her nomination, and the undeniable recognition given to her literary production, we show why she was the only female figure at the time who could attain such academic glory.

• português

  Este artigo apresenta uma reconstituição da entrada de Rachel de Queiroz na Academia Brasileira de Letras, tendo sido a romancista cearense a primeira mulher a alcançar a imortalidade. Por meio de uma ampla pesquisa em jornais e revistas saídos no ano de 1977, conseguimos levantar um considerável números de notas, notícias, reportagens e entrevistas que serviram ao nosso propósito de identificar o grande interesse da imprensa à volta de um acontecimento inédito e aguardado como aquele. No mais, além da documentação jornalística, utilizamo-nos, em nossa análise, de fontes bibliográficas, cartas e demais registros que auxiliaram na delimitação do amplo respaldo político e ideológico logrado por Rachel na condição de candidata à Cadeira 5 da ABL: Geisel (1977), Médici (1977), Lacerda (2007) e Fanini (2009; 2010). Definindo as circunstâncias em que se deu a alteração do código, as influentes amizades de que a escritora desfrutava na instituição, o ajuste por parte dos imortais em torno do seu nome e o inegável reconhecimento dado à sua produção literária, mostramos por que não poderia ser outra a primeira figura feminina a participar da glória acadêmica.