In this paper, I present the difficulty in the phenomenology of explaining the constitution of objectivities in consciousness. In the context of phenomenological reduction, constitution has to be understood as unveiling the universal and necessary essences. Recognized by Husserl in Ideas I and named as functional problems, the constitution of objectivities refers at first to individual consciousness, and then to an intersubjective one. In Ideas II, the phenomenologist explains how the constitution of nature, psyche, and spirit occurs. This process begins by assuming three premises: the ontological realism, the regularity of nature, and the transcendental idealism. In this process, the ego, apart from constituting objects (the body, the psyche, and the others), constitutes itself. The objects of material reality are constituted through aesthetic synthesis which unifies singularities and contextualizes the lived experience. The body, as a perceptive organ, perceives the exterior, and the location of the sensory stimulus is the soul. The soul is a real and transcendent object, which is linked to physical things that are constituted in a solipsistic way or intersubjectively. Empathy allows the subject to recognize the consciousness of the alter ego as capable of spontaneous movements and actions, a co-presence sharing the same horizons. Thus, through the theoretical attitude, the physical world is perceived, and through the spiritual attitude the spiritual world is perceived, a living world shared by free intelligent beings. For this, intersubjectivity fulfills a fundamental role, because only in the relationship with the other does the identity of the objects, of the other, and of the self become evident.
Neste artigo, apresento a dificuldade da fenomenologia em explicar a constituição de objetividades. No contexto da redução fenomenológica, constituição deve ser entendida como desvelamento das essências universais e necessárias. Reconhecido por Husserl em Ideias I e chamado de problemas funcionais, a constituição de objetividades se refere primeiramente à consciência individual, e depois, à intersubjetiva. Em Ideias II, o fenomenólogo explica como a constituição da natureza, psique e espírito ocorre. Este processocomeça assumindo três premissas: o realismo ontológico, a regularidade da natureza e o idealismo transcendental. Neste processo, o ego, além de constituir objetos (o corpo, a psique, e os outros), constitui a si mesmo. Os objetos da realidade material são constituídos através da síntese estética que unifica singularidades e contextualiza as vivências. O corpo, como órgão perceptivo, percebe o exterior, e o local do estímulo sensorial é a alma. A alma é um objeto real e transcendental, que está ligado a coisas físicas as quais são constituídas de modo solipsista ou intersubjetivo. A empatia permite aos sujeitos reconhecer a consciência do alter ego como capaz de movimentos espontâneos e ações, uma co-presença compartilhando os mesmos horizontes. Portanto, através da atitude teorética, o mundo físico é percebido, e através da atitude espiritual, o mundo espiritual é percebido, um mundo compartilhado por seres livres e inteligentes. Sendo assim, a intersubjetividade tem um papel fundamental, pois somente no relacionamento com os outros, a identidade dos objetos, dos outros e do eu torna-seevidente.
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