Na medida em que as ciências sociais têm se preocupado com a estratificação das sociedades latino-americanas, têm mostrado uma tendência bem conhecida para apresentar as estruturas destas em termos dicotômicos: uma pequena classe alta de proprietários ricos e poderosos e uma classe baixa e sem poder, composta heterogeneamente de trabalhadores rurais, proletários urbanos, pequenos comerciantes, artesãos e semelhantes. Via de regra, a ascensão de novas classes e a Crescente diferenciação interna de classes ascendentes ou tradicionais são admitidas com relutância e somente quando as sociedades latino-americanas demonstram a habilidade de fugir de sua tradição ag!'ária e de seguir o curso irreversível da modernização. Tem havido forte inclinação para ignorar ou minimizar aqueles aspectos da estrutura social que sugerem um grau mais elevado de complexidade do que parece indicar o estereótipo de um sistema de duas classes.
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