Viseu (São José), Portugal
The challenges of misinformation remain at the top of current concerns, both in terms of the need to understand the phenomenon and in terms of the challenges that fake news represents for the generations more connected to digital media. As part of the project “Media Literacy in Higher Education: an exploratory study with Social Communication students”, this article seeks to understand how senior students of a Media Studies course position themselves in the face of the disinformation scenario. The results of the focus group show that these young people have a clear capacity to understand the phenomenon of disinformation, know how to identify its origins, and even how to fight it. Still, the fact that we are talking about a generation whose digital presence is both a characteristic and a representation of changes in their information consumption habits has implications for the reading of the fake news phenomenon. The students' distancing from the media and the polysemy of the term fake news seems to be indicators of some difficulties in the clear distinction between the intentional creation and sharing of false information on social networks and the unintentional diffusion of error by the media outlets. Thus, the polysemy of the term fake news is, from the outset, one of the challenges that urgently needs to be included in media literacy programs, along with strengthening the role, function, and social space that the media occupy in the information sector.
Os desafios da desinformação continuam no topo das preocupações atuais, quer face à necessidade de compreensão do fenómeno, quer no que diz respeito aos desafios que as fake newsrepresentam para as gerações mais ligadas ao digital. No âmbito do projeto Literacia Mediática no Ensino Superior: um estudo exploratório com alunos de Comunicação Social”, procuramos, neste artigo, compreender de que forma é que alunos finalistas de um curso de Comunicação Social se posicionam perante o cenário da desinformação. Os resultados do grupo de foco realizado mostram, desde logo, que estes jovens detêm uma clara capacidade de compreensão do fenómeno da desinformação, sabem identificar as suas origens e até como o combater. Ainda assim, o facto de falarmos de uma geração cuja presença digital é simultaneamente uma caraterística e uma representação de mudanças nos seus hábitos de consumo de informação, tem implicações na leitura do fenómeno das fake news.O distanciamento dos estudantes em relação aos meios de comunicação social e a polissemia do termo fake newsparecem ser indicadores de algumas dificuldades na clara distinção entre a criação e partilha de informação falsa de forma intencional nas redes sociais e a difusão do erro não intencional por parte dos meios de comunicação social. Assim, a polissemia do termo fake newsé, desde logo, um dos desafios que urge incluir nos programas de literacia mediática, a par com o reforço do papel, função e espaço social que ocupam os meios de comunicação social no setor da informação.
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