A moda e os modos na Socila: hexis corporal e a fachada da elegância

• Autores: Maria Carolina Medeiros, Tatiana Siciliano
• Localización: dObra[s]: revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, ISSN 1982-0313, ISSN-e 2358-0003, Nº. 36, 2022, págs. 144-163
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Fashion and manners in Socila: body hexis and the façade of elegance
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• Resumen
  • English

    Socila was a school of good manners founded in Rio de Janeiro, with great sucess in the 1950s and 1970s, which is still mentioned in the press as a synonym for elegance. One of its founders, Maria Augusta, taught hundreds of women so called “social improvement”: it was important not only to beautify themselves, but to master techniques of posture and body education, in order to compose something that Goffman ([1959] 2014) called “façade”. Is fashion an element of the façade? What are the others? Through reports on Socila in the press (1954-2022), we propose to reflect what extent elegance is a construction based on manners; if and how it can be learned by teaching of habitus and a corporeal hexis (BOURDIEU, 1983); and to reflect on clothes and body as elements which are amalgamated in a production of meaning.

  • português

    A Socila foi uma escola de boas maneiras fundada no Rio de Janeiro, com grande sucesso entre as décadas de 1950 e 1970, que até hoje é mencionada na imprensa como sinônimo de elegância. Uma de suas fundadoras, Maria Augusta, ensinou a centenas de mulheres o chamado “aperfeiçoamento social”: era importante não apenas se embelezar, mas dominar técnicas de postura e educação do corpo a fim de compor o que Goffman ([1959] 2014) denomina “fachada”. A moda é um elemento da fachada? Quais são os outros? Por meio da análise de reportagens3 sobre a Socila na imprensa (1954-2022), propomos refletir em que medida a elegância é uma construção a partir dos modos; se e como pode ser aprendida por meio do ensino do habitus e de uma hexis corporal (BOURDIEU, 1983); e refletir sobre roupa e corpo como elementos que se amalgamam em uma produção de sentido.