Brasil
This article analyzes the play O Santo e a Porca, by Ariano Suassuna, particularly giving importance to its protagonist, Euricão. We have in such a character the comic representation of the miser, the one who sacrificed all material luxuries in the name of this disordered love for a sow full of money. The play typically proceeds like a comedy of errors, until Euricão discovers that the notes are worthless. At that moment, the absurdity and lack of meaning in life appear before the character, raising him to a tragic level, precisely in the final three pages. For a theoretical understanding of this journey, especially Aristotle, Frye, Jaeger and Camus will be useful, as they deal with the comic and tragic modes from varied and complementary perspectives. Thus, we aim to bring a reading that values the discussions provoked by the central character of the play and that extends its reach, especially with regard to the most important question of traditional philosophy: the problem of evil and human suffering.
O presente artigo analisa a peça O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, particularmente dando importância a seu protagonista, Euricão. Temos em tal personagem a representação cômica do avarento, daquele que sacrificou todos os luxos materiais em nome desse amor desordenado por uma porca repleta de dinheiro. A peça se encaminha tipicamente como uma comédia de erros, até que Euricão descobre estarem sem valor as notas. Nesse momento, o absurdo e a ausência de sentido da vida surgem diante do personagem, alçando-o a um patamar trágico, justamente nas três páginas finais. Para uma compreensão teórica desse périplo, especialmente Aristóteles, Frye, Jaeger e Camus nos serão úteis, pois tratam dos modos cômico e trágico a partir de perspectivas variadas e complementares. Almejamos, assim, trazer uma leitura que valorize as discussões provocadas pelo personagem central da peça e que prolongue seu alcance, especialmente no que se refere à questão mais importante da filosofia tradicional: o problema do mal e do sofrimento humano.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados