Este artigo desenha um panorama da paisagem urbana brasileira ao final do Império e início da Primeira República, de modo a elucidar, a partir de uma análise social, política e econômica, a incorporação de figuras contraditórias na literatura. Dessa forma, ao questionar diferentes imagens que propõe o antagonismo do arcaico e do moderno enquanto constantes temáticas – o que é presente em obras de Euclides da Cunha, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, João do Rio e Aloísio de Azevedo, como exemplos –, constata-se a oposição entre os núcleos urbanos burgueses e os territórios marginalizados ou entre uma sociedade moderna e outra com traços coloniais, assim como se critica o problema da modernização autoritária no Brasil.
This article draws an overview of the Brazilian urban landscape at the end of the Empire and the beginning of the First Republic, in order to elucidate, from a social, political and economic analysis, the incorporation of contradictory figures in the literature. In this way, when questioning different images that propose the antagonism of the archaic and the modern as constant themes – what is present in the works of Euclides da Cunha, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, João do Rio and Aloísio de Azevedo –, it is perceived the opposition between the bourgeois urban centers and marginalized territories or between a modern society and another with colonial traits, as well as the problem of authoritarian modernization in Brazil.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados