Vanguardas artísticas latino-americanas: modernidade, utopia e desolação

• Pereti, Emerson ^[1]
  1. [1] Universidade Federal da Integração Latino-Americana

     Universidade Federal da Integração Latino-Americana

     Brasil

     
• Localización: Scripta, ISSN-e 2358-3428, ISSN 1516-4039, Vol. 26, Nº. 58, 2022 (Ejemplar dedicado a: Literatura e outras mídias), págs. 146-170
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Latin American Artistic Vanguards: Modernity, Utopia and Desolation
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• Resumen
  • español

    En este artículo se hacen algunas consideraciones sobre la irrupción de las vanguardias artísticas de principios del siglo XX en los sistemas culturales latinoamericanos. A través del diálogo crítico con autores como Ángel Rama, Jorge Schwartz, Antonio Candido, José Carlos Mariátegui, entre otros, el estudio se centra principalmente en las relaciones entre colonialidad, representación literaria y singularidad cultural para analizar algunas cuestiones relacionadas con los diferentes proyectos de construcción simbólica de la nación de la época. En medio del rápido proceso de modernización que vivía la región, muchos vanguardistas latinoamericanos, en contacto con los ismos europeos, proclamaron la idea de lo "nuevo", a menudo en busca de expedientes estéticos y lingüísticos que pudieran describir finalmente, de forma concisa, las llamadas singularidades nacionales. Esta especie de utopía artística chocó, por un lado, con la resistencia de un regionalismo que, procedente del romanticismo-costumbrismo, se creía depositario de las tradiciones que expresaban esas singularidades. Por otro lado, tuvo que enfrentarse a sus propias contradicciones, ya que se encontró, desolada, con las dificultades sociales y económicas que también identificaban precisamente a estas naciones. Tales conflictos, ejemplos de una ambigua condición intelectual y artística, marcaron significativamente la literatura latinoamericana, generando, a su vez, refinadas formas de interpretación y representación artística de la cruel realidad que han compartido históricamente.

  • English

    In this article some considerations are made about the irruption of the artistic avant-garde of the early twentieth century in Latin American cultural systems. Through a critical dialogue with authors such as Ángel Rama, Jorge Schwartz, Antonio Candido, José Carlos Mariategui, among others, the study focuses, above all, on the relations between coloniality, literary representation and cultural singularity to analyze some issues related to the different projects of symbolic construction of the nation at the time. In the midst of the rapid process of modernization that the region was going through, many Latin American avant-gardists in contact with European isms, proclaimed the idea of the "new", often in search of aesthetic and linguistic expedients that could finally describe, concisely, the so-called national singularities.  This kind of artistic utopia encountered, on the one hand, the resistance of a regionalism that, coming from Romanticism-Costumbrism, thought it was the keeper of the traditions that expressed its own singularities. On the other hand, it had to face its own contradictions, as it found itself, desolate, facing the social and economic hardships that also identified precisely these nations. Such conflicts, examples of an ambiguous intellectual and artistic condition, have significantly marked Latin American literature, generating, in turn, refined forms of interpretation and artistic representation of the cruel reality they have historically shared. 

  • français

    Dans cet article, quelques considérations sont faites sur l'irruption de l'avant-garde artistique du début du vingtième siècle dans les systèmes culturels latino-américains. À travers un dialogue critique avec des auteurs tels que Ángel Rama, Jorge Schwartz, Antonio Candido, José Carlos Mariátegui, entre autres, l'étude se concentre principalement sur les relations entre la colonialité, la représentation littéraire et la singularité culturelle pour analyser certaines questions liées aux différents projets de construction symbolique de la nation de l'époque. Au milieu du rapide processus de modernisation que connaissait la région, de nombreuses avant-gardes latino-américaines, en contact avec les ismes européens, ont proclamé l'idée du "nouveau", souvent à la recherche d'expédients esthétiques et linguistiques qui pourraient enfin décrire, de manière concise, les prétendues singularités nationales. Cette sorte d'utopie artistique se heurte, d'une part, à la résistance d'un régionalisme qui, issu du romantisme-costumbrisme, se croit le gardien des traditions qui expriment ces singularités. D'autre part, elle a dû faire face à ses propres contradictions, car elle s'est retrouvée, désolée, face aux difficultés sociales et économiques qui identifiaient aussi précisément ces nations. Ces conflits, exemples d'une condition intellectuelle et artistique ambiguë, ont considérablement marqué la littérature latino-américaine, générant à son tour des formes raffinées d'interprétation et de représentation artistique de la réalité cruelle qu'ils ont historiquement partagée.

  • português

    Neste artigo são tecidas algumas considerações sobre a incursão das vanguardas artísticas do início do século XX nos sistemas culturais latino-americanos. Por meio do diálogo crítico com autores como Ángel Rama, Jorge Schwartz, Antonio Candido, José Carlos Mariátegui, entre outros, o estudo enfoca, sobretudo, as relações entre colonialidade, representação literária e singularidade cultural para analisar algumas questões referentes aos diferentes projetos de construção simbólica de nação da época. Em meio ao rápido processo de modernização que a região atravessava, muitos vanguardistas latino-americanos, em contato com os ismos europeus, proclamaram a ideia do “novo”, muitas vezes à procura de expedientes estéticos e linguísticos que pudessem enfim descrever, concisamente, as ditas singularidades nacionais.  Essa espécie de utopia artística se deparou, por um lado, com a resistência de um regionalismo que, advindo do romantismo-costumbrismo, julgava-se mantenedor das tradições que expressavam essas próprias singularidades. Por outro lado, teve que enfrentar suas próprias contradições, ao encontrar-se, desolada, frente às agruras sociais e econômicas que também identificavam, precisamente, essas nações. Tais conflitos, exemplos de uma ambígua condição intelectual e artística, marcaram significativamente as literaturas latino-americanas, gerando, a sua vez, apuradas formas de interpretação e representação artística da cruenta realidade que têm, historicamente, compartilhado.