Resumen de Ineficiência, fragilização e duplicidade: O velho estado novo perante a emigração para frança (1960-1968)

Víctor Perera

• English

  Between 1960 and 1968, the Portuguese government managed modernization, economic growth and trade openness to Europe in an ambiguous way. This processes that profoundly transformed the society have not been politically accepted. This contradiction is obvious regarding the emigration policy. Although emigration was linked to the modernization process, the government has never liberalized the departures, in order to please the conservative wing, hostile to the emigration. However, Portuguese left the country clandestinely. The clandestine trips did not result of the state’s failure but were a solution that had been used by the government to conciliate two incompatible requirements.

• français

  Entre 1960 et 1968, le gouvernement portugais géra la modernisation, la croissance économique et l’ouverture commerciale vers l’Europe de manière ambiguë. Ces processus qui transformaient profondément la société n’ont pas été assumés politiquement. Cette contradiction se répercute au niveau de la politique d’émigration. Même si l’émigration s’articulait avec le processus de modernisation, le gouvernement a refusé de la libéraliser pour ne pas mécontenter le bloc conservateur qui se mobilisait contre l’émigration. Néanmoins, les Portugais quittaient le pays de manière clandestine. Les sorties clandestines ne résultent pas d’un échec de l’Etat mais ont été une solution utilisée par le gouvernement pour concilier l’inconciliable.

• português

  Entre 1960 e 1968, o governo português lidou com a modernização, o crescimento económico e a abertura comercial à Europa de forma ambígua. Estes processos, que transformaram profundamente a sociedade, nunca foram assumidos politicamente. É uma contradição que se repercute na política de emigração. Apesar da emigração se articular com o processo de modernização, o governo não a liberalizou de modo a não descontentar o bloco conservador. Mas os portugueses deixaram o país de forma clandestina. Contudo, as saídas clandestinas não resultaram de um fracasso do Estado, mas foram antes uma solução usada pelo governo para conciliar o inconciliável.