Nesta reflexão procura-se dar a ler/ver o livro pop-up Gosto de ti (quase sempre) de Anna Llenas (2020), encarando-o como artefacto estético que convoca a participação dos leitores, em processos de contínua sedução. O artigo norteia-se por três objetivos principais: i) indagar o modo como os espaços reconstruídos na dupla página instigam uma multidimensionalidade lúdica e criativa que fomenta a empatia; ii) pôr a descoberto o caráter plurissignificativo das materialidades deste livro pop-up, para a compreensão da aceitação do Outro, potenciando a vivência de emoções que vão ao reencontro de práticas de cidadania responsável e ativa; iii) sugerir itinerários de leituras, potenciados pelas peculiaridades reapresentadas no espaço da página. Conclui-se que este livro se institui como invulgar tecido permeado de afetos que reverberam nos múltiplos espaços que as páginas desvelam, tornando-se matéria vivaz que toca os olhos dos leitores, alimentando a empatia.
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