No ano de 2003 estava realizando meus estudos de Mestrado e, simultaneamente, trabalhava como professora de arte na rede pública e privada da cidade do Recife. Lecionava em 30 turmas de adolescentes, jovens e adultos. O salário que recebia somando as duas instituições resultava no final do mês em R$800. Valor que por si só responde àsregalias que o atual Ministro da Educação (2016) disse ter os professores neste país. Não tive redução de carga horária porque a Secretaria de Educação não autorizou. Não tive bolsa de estudo. Mesmo assim, consegui concluir o curso antes do tempo previsto e dos colegas de turma. Queria estudar mais para melhorar o meu trabalho com os estudantes. Por isso, me submeti ao processo seletivo no Programa de Pós-Graduação em Educação porque não havia em Arte, em toda a região Nordeste, fator que também explicita a longa trajetória de desigualdade no Brasil.
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