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Resumen de Os Gramaxo da Quinta da Boa vista: do passado ao presente

Daniela Filipa Duarte Alves, Hélder Filipe Sequeira Barbosa, Jorge Ricardo Pinto

  • O Concelho da Maia foi, durante vários séculos, um território predominantemente rural e agrícola, com umapopulação bastante reduzida que, na sua maioria, procurava a sua subsistência nos recursos que esse dito territóriorural oferecia: os campos (extremamente férteis), as pedreiras (que abundavam e abasteciam a cidade do Porto) e ospinhais (sobretudo explorados no Inverno, por altura da menor intensidade agrícola). Era ainda um território socialmenteheterogéneo, onde coexistiam pessoas com parcos recursos económicos, que habitavam em casas “térreas, baixase acanhadas: os portais muito baixos, que qualquer homem quebrava a cabeça na padeeira, se não se abaixasse”(Azevedo, 2014, p. 136); com figuras de posições sociais mais elevadas, que habitavam sobretudo em quintas (algumasbrasonadas), procurando na Maia a tranquilidade e o bucolismo que não encontravam em grandes centros citadinos.A Quinta da Boa Vista, casa de campo seiscentista reformada, sita na freguesia da Maia (Concelho da Maia), éum desses vários exemplos. A génese da atual Quinta da Boa Vista remonta ao ano de 1648, momento em que umapropriedade conhecida como Casal da Granja é adquirida por Ana André Gramaxo e Simão Martins Ferreira. Destecasal, resultaram vários descendentes, que ao longo do tempo, ficaram na posse da Quinta da Boa Vista, ou a residirnela. A Quinta chegou a pertencer, a título de exemplo, ao Reverendo Vicente Gramaxo, detentor de várias propriedadesna referida freguesia, tendo inclusivamente doado parte do terreno onde foi construída a Igreja de Nossa Senhora doBom Despacho, datada de 1738 e que ladeia a Quinta da Boa Vista. Após a morte de Vicente Gramaxo (1752), a Quinta(vulgarmente conhecida como Quinta dos Gramaxo), passa para a posse de seu irmão, o Sargento-mor Diogo António deAndrade Gramaxo. Com a morte deste elemento da família Gramaxo, em 1805, que “dizião ser a creatura mais antiga dafreguesia” (ADP, Registos de Óbito da Maia, 1795-1817, fls. 171v-172), a propriedade fica nas mãos de sua filha D. AnaJosefa de Andrade Gramaxo. Foi desde o século XVII, até aos nossos dias, que a Quinta da Boa Vista foi sendo legadade geração em geração, sempre radicada na influente família Gramaxo, que foi, ao longo do tempo, cimentando a suaposição social, tanto em cargos administrativos e culturais, como na celebração de matrimónios com outras influentesfamílias do entre o Douro e Minho.O objetivo deste trabalho é compreender a evolução da Quinta, tanto nos seus moradores e proprietários comonas suas transformações internas, na compreensão da história familiar dos Gramaxo e da sua teia. Para a elaboraçãodeste estudo recorremos essencialmente a fontes paroquiais, a manuscritos, periódicos, bibliografia relevante sobre estatemática e a entrevistas com descendentes.


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