Arquitectura residencial erudita setecentistano espaço rural – Estratégia de Valorizaçãoe Reabilitação Arquitectónica

• Autores: Amilcar de Gil Pires
• Localización: Actas do 4º Congresso Internacional Casa Nobre: Um património para o futuro, 2017, ISBN 978-972-9136-83-2, págs. 871-885
• Idioma: portugués
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  • Um dos maiores paradigmas da cultura arquitectónica ocidental refere-se à Villa suburbana, como materializaçãode ideal de vilegiatura e de expressão de representatividade socioeconómica, reconhecendo-se, em Portugal, umuniverso muito extenso e diversificado de casos de grande qualidade arquitectónica – Quintas de Recreio e Solares.O século XVIII afirma-se como o período de maior e mais qualificado investimento na Arquitectura residencialerudita fora do espaço urbano, dando continuidade a uma cultura arquitectónica de projectar e construir com o Lugar emcomunhão intencional com a paisagem, que se desenvolve de modo muito coerente entre os séculos XVI e XVII, a partirde referências formais e estruturais quer da arquitectura islâmica, por via do Sul de Espanha, como de um modelo deVilla renascentista italiana, que conferem o suporte de idealização e construção da arquitectura e jardins dos Solares eQuintas de Recreio de Norte a Sul de Portugal, Ilha da Madeira e Açores.A interpretação de um modelo ideal de vida no campo (vilegiatura), como expressão de valores mais qualificados(eruditos) de cultura e arte, conotados pela Villa suburbana renascentista, com uma evolução de grande coerência entre osséculos XVI e XVIII na Quinta de Recreio e no Solar, que a ela se referenciam formal e conceptualmente, exige, devido aoseu enorme valor patrimonial, uma investigação aplicada geral e específica caso a caso, de carácter analítico e projectual,que envolva a cultura e a economia – dicotomia: preservação da identidade cultural – reabilitação qualificada do património.