Diana Marcela Aristizábal García, Zandra Pedraza Gómez
ocupar el tiempo de los niños se ha convertido en un desafío para la crianza contemporánea de familias de clases medias urbanas. Un síntoma cultural de este fenómeno es el acelerado crecimiento de actividades extracurriculares destinadas a este grupo poblacional. Este artículo analiza el significado de estas actividades mediante las experiencias de un grupo de niños y padres de clase media en Bogotá, Colombia. Se considera que dichas actividades hacen parte de una estrategia de administración de lo que se denomina el tiempo infantil. Para llevar a cabo la argumentación se pondrán en diálogo las voces de hijos y padres en relación con esta noción. Además, dicho análisis se articulará con ideas provenientes de campos como la antropología de la infancia y los estudios sociales sobre el tiempo. Los datos etnográficos hacen parte del trabajo de campo desarrollado durante el año 2018. Específicamente se derivan de algunas entrevistas y observaciones en escenarios comerciales y en una institución educativa de carácter privado. Se concluye que la experiencia de infancia de estos niños de clase media está atravesada por las expectativas familiares sobre la materialización de su tiempo. Se observa cómo esta concepción del tiempo infantil organizado y productivo da menos lugar para que los niños dispongan sus propios espacios de socialización infantil y fuerza a los padres a crear unas dinámicas familiares agotadoras para sus hijos y para ellos mismos. Este artículo aporta a las discusiones recientes sobre la necesidad de incorporar el análisis del tiempo como variable clave para comprender los modos de construcción de las ideas y las experiencias sobre las infancias en diferentes contextos socioculturales.
Occupying children’s time has become as a challenge for the contemporary upbringing of urban middle-class families. A cultural manifestation of this phenomenon is the accelerated growth of extracurricular activities designed for this population group. In this article, we analyze the meaning of these activities through the experiences of a group of middle-class children and parents in Bogota, Colombia. These activities are considered to be part of a strategy for the management of what is called children’s time. A dialogue on this notion is established, involving the voices of children and parents. The analysis also combines ideas from fields such as the anthropology of childhood and social studies on time. The ethnographic data are part of the fieldwork undertaken in 2018. Specifically, they are derived from some interviews and observations in commercial contexts and in a private educational institution. It is concluded that the childhood experience of these middle-class children is marked by family expectations about the materialization of their time. This conception of organized and productive children’s time appears to leave less room for children to have their own spaces for child socialization and forces parents to create family dynamics that are exhausting for their children and for themselves. This article contributes to recent discussions on the need to incorporate the analysis of time as a key variable to understand the modes of construction of ideas and experiences about childhood in different sociocultural contexts.
ocupar o tempo das crianças vem se tornando num desafio para a criação contemporânea de família de classes médias urbanas. Um sintoma cultural desse fenômeno é o acelerado crescimento de atividades extracurriculares destinadas a esse grupo populacional. Neste artigo, é analisado o significado dessas atividades mediante as experiências de um grupo de crianças e pais de classe média em Bogotá, Colômbia. É considerado que essas atividades fazem parte de uma estratégia de administração do que é denominado tempo infantil. Para realizar a argumentação, são colocadas em diálogo as vozes de filhos e pais com relação a essa noção. Além disso, essa análise está articulada com ideias provenientes de campos como a antropologia da infância e dos estudos sociais sobre o tempo. Os dados etnográficos fazem parte do trabalho de campo desenvolvido durante 2018. Em específico, derivam-se de algumas entrevistas e observações em cenários comerciais e numa instituição educacional de caráter privado. Conclui-se que a experiência de infância dessas crianças de classe média está permeada pelas expectativas familiares sobre a materialização de seu tempo. Observa-se como essa concepção do tempo infantil organizado e produtivo dá menos lugar para que as crianças disponham seus espaços de socialização infantil e força aos pais para criar umas discussões recentes sobre a necessidade de incorporar a análise do tempo como variável-chave para compreender os modos de construção das ideias e das experiências sobre as infâncias em diferentes contextos socioculturais.
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