O jogo em Macau: a arrematação de duas lotarias no início do século XX

• Autores: Célia Reis
• Localización: Ler história, ISSN-e 2183-7791, ISSN 0870-6182, Nº. 77, 2020, págs. 83-105
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Jouer en Macao: lA vente aux enchères de deux loteries au début du XXe siècle
  • Gaming in Macau: The Public Tender of Two Lotteries in the Beginning of the Twentieth Century
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  • Texto completo
• Resumen
  • português

    No início do século XX o jogo já ocupava uma posição destacada na economia de Macau, constituindo as lotarias uma das suas principais formas. A sua exploração, sobretudo sob forma de exclusivo, era detida por chineses, que as arrematavam e que tinham os meios para as difundir num raio geográfico bastante lato. Neste artigo procede-se à análise das arrematações de duas dessas lotarias, verificando-se as dificuldades colocadas à administração portuguesa e como esta assumiu diferentes formas de visão, entre as autoridades em Macau e as de Lisboa. Trata-se, pois, de um assunto que, não obstante estar associado à economia colonial, mostra como a governação colonial se apresentava sob formas desiguais consoante a proximidade às questões em causa.

  • English

    At the beginning of the twentieth century gaming industry already held a prominent position in the Macao economy, with lotteries being one of its main forms. Their exploitation, especially in the form of monopoly, was held by the Chinese. They had means to spread lotteries within a very wide geographical radius. In this article I analyse the situation of two of these lotteries, looking for difficulties in the Portuguese administration and how it assumed different forms of vision between the authorities in Macau and those in Lisbon. Therefore, this matter, although associated with the colonial economy, shows how colonial governance presented itself in unequal forms depending on the proximity to the problems.

  • français

    Au début du XXe siècle, le jeu occupait déjà une place prépondérante dans l’économie de Macao et les loteries étaient l’une de ses principales formes. Leur exploitation, en particulier sous sa forme exclusive, était détenue par les Chinois qui les ont achetés et qui avaient les moyens de les diffuser dans un très large rayon géographique. Cet article analyse la vente aux enchères de deux de ces loteries, en vérifiant les difficultés rencontrées par l’administration portugaise et la manière dont elle adoptait différentes formes de vision, entre les autorités de Macao et celles qui les ont déterminées à Lisbonne. C’est un problème qui, bien que lié à l’économie coloniale, montre comment la gouvernance coloniale a été présentée sous des formes inégales en fonction de la proximité des problèmes en question.