Madrid, España
Quito, Ecuador
L’anthropologie contemporaine a connu un véritable tournant ontologique l’obligeant à repenser nombre de ses concepts. Pourtant, les auteurs montrent que l’ontologie, faisant de l’altérité une catégorie, ne peut étendre les limites de ce concept aussi loin qu’il le faudrait. Au travers de la phénoménologie de Jean-Luc Marion, il est possible de penser l’altérité et sa contre-intentionnalité non pas comme un type de phénomène enfermé dans des bornes fixées par un sujet transcendantal, mais comme une lecture possible de tout phénomène, à condition de savoir s’y rendre disponible par une anamorphose généralisée. Ainsi, l’altérité n’a pas à être décrite mais déclarée.
Contemporary anthropology has experienced an ontological turn and therefore a reconfiguration of many of its concepts. Yet the authors show that because ontology keeps thinking otherness as a category, the limits of alterity cannot be extended as far as they should. Through the phenomenology of Jean-Luc Marion, it is possible to think otherness and its counter-intentionality not as a type of phenomenon, always already limited because of its constitution by a transcendental subject, but as a possible interpretation of any phenomenon, as long as the subject accepts its givenness. Thus, otherness does not have to be described but declared.
A antropologia contemporânea experimentou uma virada ontológica e, portanto, uma reconfiguração de muitos de seus conceitos. No entanto, os autores mostram que como a ontologia continua pensando na alteridade como uma categoria, os limites da alteridade não podem ser estendidos tanto quanto deveriam. Através da fenomenologia de Jean-Luc Marion, é possível pensar a alteridade e sua contra-intencionalidade não como um tipo de fenômeno, sempre já limitado por sua constituição por um sujeito transcendental, mas como uma possível interpretação de qualquer fenômeno, contanto que o sujeito aceite sua particularidade. Assim, a alteridade não tem que ser descrita, mas declarada
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