Brasil
A discussão aqui delineada objetiva discutir acerca da possibilidade em estabelecer que as teorias científicas são bem-sucedidas ou não a partir da teoria filosófica de Quine. Os pressupostos internos ao pensamento do autor são suas concepções da inescrutabilidade da referência e da relatividade ontológica. Afinal, como se pode estabelecer conhecimento quando os elementos básicos são tão indeterminados? Por outro lado, os pressupostos externos a seu pensamento são as teorias clássicas, como o empirismo do Círculo de Viena e o fundacionalismo. O empirismo do Círculo de Viena alicerça-se em bases verificacionistas, tendo como elemento central a evidência empírica. Já o fundacionalismo, ancora-se principalmente, na exigência cartesiana de certeza, uma demanda que busca responder às exigências para se alcançar o conhecimento enquanto realidade indubitável imanente ao sujeito. Quine é um herdeiro dessas discussões. A questão fundamental que nos ocupará aqui será mostrar como o filósofo estabelece uma teoria que parte do inegável sucesso das previsões científicas, assumindo, no entanto, pressupostos de indeterminação linguística e epistêmica.
The discussion outlined aims to examine the possibility of establishing that scientific theories can be successful based on Quine’s philosophical theory. The internal assumptions to the author’s thought are his conceptions of inescrutability of reference and ontological relativity. After all, how can anyone establish knowledge when the basic elements are so indeterminate? On the other hand, the external assumptions to his thinking are the classical theories such as the empiricism of the Vienna Circle and the foundationalism. The empiricism of the Vienna Circle is based on verificationist bases, with empirical evidence as its central element. Otherwise, the foundationalism is anchored in the Cartesian requirement of certainty, which seeks respond to the requirements to achieve knowledge as an undoubted reality immanent to the subject. Quine is heir of these discussions. The fundamental question that will occupy us here will be to show how the philosopher establishes a theory that starts from the undeniable success of scientific predictions, although he assumes linguistic and epistemic assumptions of indeterminacy.
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