Brasil
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This essay will discuss investigative developments of John Dewey's humanist naturalism to provide us with broader support for a general theory of knowledge that dialogues in our contemporary pluricultural world where injustices in the epistemic field also often occur. We emphasize that it is not our goal to show that ancestral knowledge is better or more important than a scientific one but to recognize that it is essential to adaptative process in the Brazilian territory. It also is a socio-historical landmark that embraces traditions of the African cultural matrix and cultural features of other traditional communities in Brazil. We delineate our perspective from authors who emerge from Afro-Brazilian philosophy (mainly by Muniz Sodré’s glasses); they have brought out the meaning of the social and existential role in the mythological narratives, rituals and ancestrality in the Candomble communities. Initially, we introduce the concept of naturalism, inspired by John Dewey's theory of inquiring as a general theory of knowledge and culture. We point out certain features of it in the Yoruba cosmology. There are integrative Afro-Brazilian experiences that are crucial to constructing this cosmology. The empirical and socio-political commitments to create meanings from experience regarding a holistic perspective about Nature are also investigated. We explore the concept of Nature from both perspectives and demonstrate that there are remarkable convergences. Then, we present how the spectrum of meaningful approaches (rituals, narratives, normativity, and cultural integration) to deal with Nature makes the Yoruba world-sense close to a sort of naturalism in its own terms.
Neste ensaio discutiremos desdobramentos investigativos do naturalismo humanista de John Dewey a fim de nos fornecer um suporte mais amplo para uma teoria geral do conhecimento que dialogue em nosso mundo contemporâneo pluricultural em que injustiças no campo epistêmico também ocorrem com frequência. Ressaltamos que não é nosso objetivo mostrar que o conhecimento ancestral é epistemicamente superior ao científico, mas reconhecer que ele é especialmente importante no processo de adaptação biossocial ao seu território. É, também, um marco sócio-histórico que abarca tradições de matriz cultural africana e características culturais de outras comunidades tradicionais do Brasil. Delineamos nossa perspectiva a partir de autores que emergem da filosofia afro-brasileira (principalmente Muniz Sodré), que trouxeram à tona o sentido do papel social e existencial das narrativas mitológicas, ritualísticas e ancestrais, nas comunidades de candomblé. Inicialmente, apresentamos o conceito de naturalismo, inspirado na teoria da investigação de John Dewey como teoria geral do conhecimento e da cultura, da qual aplicamos elementos de sua análise geral na cosmologia iorubá. Existem experiências integradoras afro-brasileiras que são cruciais para a construção dessa cosmologia. Neste ensaio, apresentamos, também, o compromisso empírico e sociopolítico de criar significados a partir da experiência em uma perspectiva holística sobre a Natureza. Exploramos o conceito de Natureza de ambas as perspectivas (a deweyana e a nagô) e demonstramos que existem convergências notáveis. Em seguida, concluímos que o espectro de abordagens significativas (rituais, narrativas, normatividade e integração cultural) para lidar com a Natureza torna o sentido de mundo iorubá próximo a um naturalismo em seus próprios termos.
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