Abrigo, prisão ou proteção?: violência estatal contra crianças e adolescentes negros abrigados

• Saraiva, Vanessa Cristina dos Santos ^[1]
  1. [1] Universidade do Estado do Rio de Janeiro

     Universidade do Estado do Rio de Janeiro

     Brasil

     
• Localización: Argumentum, ISSN-e 2176-9575, Vol. 11, Nº. 2, 2019 (Ejemplar dedicado a: Violência estatal e paraestatal no Brasil contemporâneo), págs. 75-91
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Shelter, prison or protection?: violence against sheltered black children and adolescents
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• Resumen
  • português

    Este estudo almeja problematizar a relação existente entre os conceitos de abrigo, proteção, prisão, crianças e adolescentes e o Estado, assim como pretende evidenciar os significados dessas ideias nos marcos do capitalismo. Partimos do pressuposto de que o Estado é classista, racista e seletivo ao exercer seu papel. Os altos índices de acolhimentos no Brasil evidenciam essa violência programada. Para analisar esses processos adotamos como metodologia a revisão bibliográfica e análise documental. Concluímos que o Estado é o maior violador dos direitos sociais, sobretudo, de crianças e adolescentes negros abrigados nas regiões periféricas do Rio de Janeiro, tendo apoio do racismo e das determinações de gênero e classe social. Além disso, que o acolhimento provoca impactos negativos na subjetividade dos abrigados, deixando marcas inapagáveis, sendo fundamental enfrentar essa problemática.

  • English

    This study aims to problematize the relationship between concepts and meanings between ideas of shelter, protection, prison, children and adolescents and the State. We start from the assumption that the state is classist, racist and selective in its role. The high levels of reception in Brazil show this programmed violence. In order to analyze these processes, we adopted bibliographic review and documentary analysis as methodology. We conclude that the State is the greatest violator of social rights, especially of black children and adolescents sheltered in the outlying regions of Rio de Janeiro, with support from racism and determinations of gender and social class. In addition, that the host causes negative impacts on the subjectivity of the sheltered ones, leaving indelible marks, being fundamental to face this problematic.