Marco Aurélio Corrêa Martins, Eveline Viterbo Gomes
No século XVII, a Prússia implementou um modelo de escolarização baseado em financiamento público-estatal, controle escolar por agentes do Estado e estabelecimento de conteúdo de aprendizagem centrado nos interesses deste, permitindo a implementação da escolarização obrigatória materializada legalmente em matrícula e frequência obrigatória de crianças em “idade escolar”. Atrelado a uma “razão de Estado”, o modelo escolar prussiano predominou na conformação dos Estados nacionais ao longo do século XIX, período no qual, discussões acerca da laicização das instituições públicas - dentre elas a escola - tomavam força. Crente na impossibilidade de educar sem a religião, a Igreja Católica tornou-se forte opositora a esse modelo no Brasil em fins do Império. Objetivando compreender os pontos nodais de tal oposição, concentramo-nos na análise de fontes documentais da Igreja e para o pensamento católico que avançam aos primeiros anos republicanos, situando o rompimento oficial entre Estado e Igreja.
In the seventeenth century, the Prussian state implemented an education model based on public-state funding, school control by state agents and selected learning content focused on state interests, allowing the implementation of the compulsory education materialized legally in the obligatory enrollment and attendance of children in "school age". Tied to a "reason of State", the Prussian school model predominated in the formation of the national state throughout the nineteenth century, during which discussions about the secularization of public institutions - among them the school - took power. Believing impossible to educate without religion, the Catholic Church became a strong opposition to this model in Brazil at the end of the Empire. Aiming to understand the nodal points of such opposition, we focus on the analysis of documentary sources of the Church and Catholic thought advancing the early years of the Republic, setting the official break between Church and State.
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