Luciano Vieira Dias da Silva, Simone de Fátima Pinheiro Pereira, Cristiane Costa Carneiro, Thiago de Melo Silva, Ronaldo Magno Rocha, Hemilton Cardoso Costa, Alan Marcel Fernandes de Souza, Pedro Moreira de Souza Junior, Cléber Silva e Silva, Davis Castro dos Santos
As atividades antrópicas contribuem para a contaminação dos rios por elementos tóxicos, causando graves efeitos na saúde das comunidades tradicionais da região amazônica. Com o objetivo de verificar a distribuição espacial das concentrações de Hg e As em uma região afetada pela mineração de ouro na bacia dos rios Baú, Curuá e Curuaés, no município de Altamira-PA, na Amazônia brasileira, foi realizado um estudo utilizando mapas geoestatísticos. A quantificação dos elementos foi realizada por espectrometria de emissão por plasma acoplado indutivamente com geração de hidretos (HGICP-OES). Os valores obtidos foram exportados para uso em processos computacionais com os softwares QGIS e Surfer, a fim de produzir mapas isoteorizados. Os resultados dos mapas mostraram concentrações de Hg que ultrapassaram o limite estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, que é de 0,2 μg L-1. Isso indica que a presença da mineração na região representa uma ameaça ao ecossistema desses rios. Por outro lado, os mapas de As mostraram que nenhuma estação apresentou resultados que ultrapassaram as concentrações acima do limite permitido para esse elemento, que é de 10 μg L-1. Com base nesses resultados, os mapas geoestatísticos foram eficazes no monitoramento de áreas afetadas por elementos tóxicos e podem ser utilizados como ferramenta no controle da qualidade da água dos rios.
Human activities contribute to the contamination of rivers by toxic elements, causing serious effects on the health of traditional communities in the Amazon region. With the aim of verifying the spatial distribution of Hg and As concentrations in a region affected by gold mining in the Baú, Curuá, and Curuaés River basin, in the municipality of Altamira-PA, in the Brazilian Amazon, a study was carried out using geostatistical maps. The quantification of elements was performed using Inductively Coupled Plasma Emission Spectrometry with hydride generation (HGICP-OES). The obtained values were exported for use in computational processes with the QGIS and Surfer software, in order to produce isotheor maps. The results of the maps showed Hg concentrations that exceeded the limit established by the National Council for the Environment, which is 0.2 μg L-1. This indicates that the presence of mining in the region represents a threat to the ecosystem of these rivers. On the other hand, the maps for As showed that no station presented results that exceeded concentrations above the limit allowed for this element, which is 10 μg L-1. Based on these results, the geostatistical maps were effective in monitoring areas affected by toxic elements and can be used as a tool in the control of river water quality.
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