This study aimed to analyze the complexion of the narrator of the Sem Gentileza (2016) novel, by Futhi Ntshingila, in order to present theoretical reflections on the type of narration present in the work — set in South Africa, during the period that Apartheid was institutionalized in the country — in order to discuss the position of the narrator in the plot constructed by the author Futhi Ntshingila. For the development of this study, we opted for descriptive, explanatory and bibliographic research, therefore, relying on theorists of Narrative Studies, such as Arnaldo Franco Junior (2009), Carlos Reis (2015), Walter Benjamin (1987) and Yves Reuter (2002), moreover, to support the discussions about the narrator's typology, the assumptions of Norman Friedman (2002) were used. In the end, it was possible to prove the hypothesis of this study, that is, that the dominant narrator in the text is the neutral omniscient and that, even in his neutrality, he is concerned with representing the social and political problems arising from Apartheid, contributing to the reader can reflect on this historical moment and its consequences for South African society.
Este estudo objetivou analisar a compleição do narrador do romance Sem Gentileza (2016), de Futhi Ntshingila, com o intuito de apresentar reflexões teóricas sobre o tipo de narração presente na obra — ambientada na África do Sul, no período que foi institucionalizado o Apartheid no país —, a fim de discorrer sobre o posicionamento do narrador no enredo construído pela autora Futhi Ntshingila. Para o desenvolvimento deste estudo, optou-se pela pesquisa descritiva, explicativa e bibliográfica, para tanto, amparando-se nos teóricos dos Estudos da Narrativa, tais como Carlos Reis (2015), Thomas Bonnici e Lúcia Osana Zolin (2009), Walter Benjamin (1987) e Yves Reuter (2002), além disso, para embasar as discussões acerca da tipologia do narrador, foram utilizados os pressupostos de Norman Friedman (2002). Ao final, foi possível comprovar a hipótese deste estudo, isto é, que o narrador dominante no texto é o onisciente neutro e que, mesmo na sua neutralidade, ele se preocupa em representar os problemas sociais e políticos decorridos pelo Apartheid, contribuindo para que o leitor possa refletir sobre esse momento histórico e suas consequências para a sociedade sul-africana.
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