This article, in the context of African children's literature in Portuguese language, based mainly in Os da minha rua(2007), aims to analyze how Ondjaki's work contributes to expanding the corpus of stories written in and about Luanda, amplifying voices for the resignification of the past and to bring to the present an expanded perception of their society. Based on the importance of several factors about storytelling, so that they can create images that escape stereotypes, and borrowing Adichie's position in The danger of a single story(2018), this article is divided into two parts: Who tells and how they are told; and When (where) they are told. In the first part, autofiction as an author's strategy is going to be analyzed, the book brings to the narrative scene the figure of the author, narrator-character-infant, as well as the author's memory where the autofiction explored as a narrative strategy is configured. In the second part, the article will address issues related to childhood and its strategies to signify the world around them. The child's point of view helps to understand Os da minha ruaas a chronotope, in which space and time are inseparable in childhood experience. It also describes an analysis of the relations between the space of Luanda and childhood time, locating the book in the contemporary context.
O presente artigo, no âmbito da literatura infantojuvenil africana de língua portuguesa, com base, sobretudo, em Os da minha rua (2007), tem como objetivo analisar de que maneira a obra de Ondjaki contribui para ampliar o corpus das histórias escritas em e sobre Luanda, amplificando outras vozes para a ressignificação do passado e trazer para o presente uma percepção ampliada de sua sociedade. A partir da importância de diversos fatores, no que diz respeito ao contar histórias, para que elas possam criar imagens que fujam aos estereótipos, e tomando por empréstimo a colocação de Adichie em O perigo de uma história única (2018) este artigo se apresenta dividido em duas partes: Quem conta e como conta; e Quando (Onde) conta. Na primeira parte, a autoficção como estratégia do autor será analisada, a obra traz à cena narrativa a figura autoral, narrador-personagem- infante, assim como a memória do autor onde se configura o autoficcional explorado como estratégia da narração. Na segunda parte, o artigo abordará as questões relacionadas à infância e suas estratégias para significar o mundo ao seu redor. O olhar infantil ajuda a compreender Os da minha rua como um cronotopo, em que espaço e tempo são indissociáveis para a experiência infantil, além de descrever uma análise das relações entre o espaço de Luanda e o tempo da infância, localizando a obra no contexto contemporâneo.
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