Este artículo busca comprender cómo ciertas características fisiológicas de los virus son aprehendidas por ficciones creadas por humanos, con el fin de explorar cómo se distribuye la responsabilidad por el número de casos y muertes por enfermedades virales en la pandemia del SARS-CoV-2. Esta reflexión se desarrolla a partir de una perspectiva no humana y feminista y toma como esquema metodológico la noción de String Figures (SF) de Donna Haraway, a través de las cuales es posible situar la relación entre humanos y virus en determinados contextos globales y nacionales, considerando sus formatos y efectos. Los debates parten de la noción de Antropoceno, también articulada por Ailton Krenak, explorando cómo los virus son convocados a las narrativas que justifican casos y muertes por enfermedades virales. Finalmente, se argumenta que las ficciones creadas sobre estas criaturas componen las narrativas autoindulgentes del Antropoceno, que posibilitan los descargos de responsabilidad.
This article seeks to understand how certain physiological characteristics of viruses are apprehended by fictions created by humans, in order to explore how the responsibility for the numbers of cases and deaths from viral diseases in the SARS-CoV-2 pandemic is distributed. This reflection takes place from a non-human and feminist perspective and takes as methodological outline the notion of String Figures by Donna Haraway, through which it is possible to situate the relationship between humans and viruses in certain global and national contexts, considering their formats and effects. The debates start from the notion of Anthropocene, also articulated by Ailton Krenak, exploring how viruses are summoned to the narratives that justify cases and deaths from viral diseases. Finally, it is argued that the fictions created about these creatures compose the self-indulgent narratives of the Anthropocene, which enable disclaimers.
Neste artigo busca-se compreender como se dá a apreensão de determinadas características fisiológicas dos vírus por ficções criadas por humanos, a fim de explorar como é distribuída a responsabilidade pelos números de casos e óbitos por doenças virais na pandemia de SARS-CoV-2. Esta reflexão se dá sob uma ótica não humana e feminista e toma como delineamento metodológico a noção de SF de Donna Haraway, pelas quais é possível situar a relação entre humanos e vírus em determinados contextos globais e nacionais, considerando seus formatos e efeitos. Os debates partem da noção de antropoceno, articulado também por Ailton Krenak, explorando como os vírus são convocados às narrativas que justificam casos e mortes por doenças virais. Por fim, argumenta-se que as ficções criadas sobre estas criaturas compõe as narrativas autoindulgentes do antropoceno, que viabilizam desresponsabilizações.
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