A construção discursiva da política de resistência em Companheiras, de Eneida de Moraes

• Lima, Renata Guimarães Cabral ^[1] ; Fulaneti, Oriana de Nadai ^[1]
  1. [1] Universidade Federal da Paraíba

     Universidade Federal da Paraíba

     Brasil

     
• Localización: Estudos Semióticos, ISSN-e 1980-4016, Vol. 19, Nº. 1, 2023, págs. 125-143
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The discursive construction of the politics of resistance in Companheiras, by Eneida de Moraes
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• Resumen
  • English

    This article aims to investigate the discursive construction of the politics of resistance in the chronicle Companheiras, by the Eneida de Moraes (1903–1971), as well as to identify the social voices expressed through this discourse. The text was written in the 1950s, however, it reports historical facts from the 1930s. We selected excerpts from the text, which mark the path of the subject confined in prison, immobilized by repression, but finding ways to survive and resist the imposed coercion. We depart from the theoretical assumptions of French Semiotics, elucidating narrative and discursive aspects, incidences of elements of the tensive aspect, also highlighting the concept of forms of life in the way Fontanille (2015) uses it. The analysis reveals that the discourse of resistance is constructed by the uniqueness of social voices that confront an authoritarian and repressive power system. It is a discourse woven in actions of collective resistance sustained in affectivities and in the sharing of the same ideological thinking in favor of a new political organization based on democratic principles and freedom of expression. Thus, the work contributes to the understanding of discursivities ideologically located in the field of resistance politics and confrontations with power systems.

  • português

    Este artigo objetiva investigar a construção discursiva da política de resistência na crônica Companheiras, da autora Eneida de Moraes (1903–1971), bem como identificar as vozes sociais manifestadas por meio desse discurso. O texto foi escrito na década de 1950, porém relata fatos históricos da década de 1930. Foram selecionados trechos do texto que assinalam o percurso do sujeito confinado na prisão, imobilizado pela repressão, mas encontrando formas para sobreviver e resistir às coerções impostas. Nos fundamentamos nos pressupostos teóricos da Semiótica Francesa, elucidando aspectos narrativos e discursivos, incidências de elementos da vertente tensiva, destacando também o conceito de formas de vida da maneira como o utiliza Fontanille (2015). A análise revela que o discurso de resistência se constrói pela unicidade de vozes sociais que afrontam um sistema de poder autoritário e repressor. É um discurso tecido em ações de resistência coletiva sustentadas nas afetividades e na partilha do mesmo pensamento ideológico em prol de uma nova organização política pautada nos princípios democráticos e na liberdade de expressão. Dessa forma, o trabalho vem contribuir para a compreensão de discursividades que se localizam ideologicamente no campo da política de resistência e de enfrentamentos dos sistemas de poder.